Você já imaginou que uma brincadeira tão divertida como os jogos de tabuleiro pode ser um ótimo recurso para as aulas de ciências? O mais legal é que não precisa comprar nenhum jogo para isso: basta usar a imaginação! Os alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Metodista de São Paulo, de São Bernardo do Campo (SP), já estão acostumados com essa ideia. Lá eles têm um módulo específico de criação de jogos para o ensino de ciências.
“A maioria escolhe criar jogos de tabuleiro, porque estimulam o convívio entre os alunos, geram discussões em tempo real e podem ser usados em qualquer escola, mesmo sem muitos recursos”, conta a bióloga Vera Cambréa Longo, professora de Prática de Ensino. Os estudantes também aplicam esses jogos em escolas e projetos sociais, e já tiveram resultados muito bacanas.
“Nas avaliações que fizemos, 90% dos alunos responderam que aprenderam mais com o uso do jogo, que é mais dinâmico e motivador”, afirma a professora. “O conteúdo de ciências pode ser um pouco abstrato para as crianças, e o jogo é uma forma de concretizar os temas ensinados”, completa. Por isso, os jogos precisam fazer parte de um planejamento de aulas, e não ser aplicados sozinhos. “Senão, deixa de ser um projeto didático e vira apenas uma brincadeira”, reforça Vera.
Os próprios professores e alunos podem criar seus jogos de tabuleiro usando diferentes materiais e temas. Dá para se inspirar também naqueles que já existem. O Cara a Cara, por exemplo, pode virar uma versão com animais para a turma treinar as classificações. E não pode se esquecer de itens importantes para definir na hora da criação: a temática, o conteúdo e o tipo de jogo, o público-alvo, o número de participantes, o material que será usado (lembrando que precisa ser durável e fácil de transportar), a quantidade de jogos para a classe e as regras.
Vera mostrou alguns exemplos de jogos de tabuleiro inventados pelos estudantes da Metodista em um artigo sobre o assunto, que pode ser acessado neste link. Os jogos foram feitos para alunos a partir de 10 anos, mas podem ser adaptados para todas as idades. O artigo escrito pela professora foi um dos vencedores da 2ª edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, promovido pela Fundação Carlos Chagas, em 2012.
Dica: Os professores que têm fácil acesso à Universidade Metodista podem agendar uma visita ao Laboratório de Ensino do curso de Ciências Biológicas. Os professores do curso estão à disposição para discutir planos de aula e recomendar e emprestar materiais para aulas práticas, incluindo os jogos criados pelos estudantes. Para agendar, é só mandar um e-mail para labensino@metodista.br.
olha achei muito legal esse tabuleiro