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5 erros de grandes cientistas – eles também erram!

5 erros de grandes cientistas – eles também erram!

Você já deve ter ouvido que “errar é humano”. E é mesmo. Errar faz parte de aprender. É descobrindo que uma coisa não está certa que nós entendemos o que sim, está certo. E na ciência não é diferente: os cientistas criam hipóteses e só depois de muito testá-las (ou melhor, observar, verificar, classificar, questionar, definir, aplicar e, finalmente, generalizar) é possível dizer se aquela hipótese é verdadeira ou não. E nesse processo, muitas hipóteses ficaram para trás porque não passaram nos testes. Só que a gente costuma só saber dos sucessos dos cientistas, não das diversas ideias erradas que eles tiveram. O astrofísico israelo-americano Mario Livio escreveu o livro “Tolices Brilhantes” pra esclarecer isso. Conheça um pouco dos erros contados por Livio para provar que todo mundo erra. Todo mundo mesmo!   Albert Einstein O pai da Teoria da Relatividade Geral, de quem já falamos algumas vezes (aqui e aqui), cometeu um erro que virou um acerto. Na época em que Einstein formulou a Teoria da Relatividade, as equações só fariam sentido se o universo estivesse se expandindo ou se contraindo. Acreditava-se, então, que o universo era estável. Por isso, em 1917 Einstein acrescentou às equações uma constante cosmológica. Mais tarde, Edwin Hubble provou que o universo não era estático, mas sim, que estava em constante expansão. Einstein classificou a constante cosmológica como o maior erro de sua carreira – mas não viveu para vê-la reabilitada. Hoje, ela é utilizada para explicar a energia escura, uma força que ninguém sabe direito o que é mas que foi descoberta em 1998 e acelera a expansão do universo.       Charles Darwin Darwin é o responsável por formular a teoria da evolução das espécies por seleção natural, em 1850, mas não conseguiu solucionar todas as variáveis de seu próprio trabalho. Quando sugeriu que os seres vivos mais adaptados para um determinado ambiente têm mais chance de sobreviver e se reproduzir, passando essas características positivas a seus descendentes, Darwin absorveu em sua teoria um mecanismo de hereditariedade “por mistura”. Essa ideia era vigente na época (segundo ela, o descendente herdava as características do pai e da mãe misturadas, em uma espécie de média), mas era incompatível com o resto da teoria. Alguns anos mais tarde, Gregor Mendel publicou seus estudos sobre hereditariedade, que explicaram por fim os mecanismos genéticos e corrigiram a teoria da evolução de Darwin. Saiba mais sobre Darwin e Mendel   Lorde Kelvin Lorde Kelvin, que se chamava William Thomson, é conhecido por ter desenvolvido a escala Kelvin de temperatura absoluta (que determina o valor correto do zero absoluto como cerca de -273°C) e por descobertas nas áreas de eletricidade, magnetismo e termodinâmica. Ele também foi responsável pela primeira tentativa séria, baseada em física fundamental, de calcular a idade da Terra, no final do século XIX. O número a que Kelvin chegou foi de 20 milhões a 100 milhões de anos – hoje sabe-se que a Terra possui 4,5 bilhões de anos. Esse cálculo real foi possível com a descoberta da radioatividade e dos movimentos de convecção no interior da Terra. Saiba mais sobre Lorde Kelvin   Linus Pauling Linus Pauling é considerado o maior químico do século XX. Em 1939, ele conseguiu decifrar a estrutura da alfa-hélice, base das proteínas, usando apenas conhecimento teórico (a propriedade...

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Cerrado e pampa: biomas brasileiros mundo afora

Cerrado e pampa: biomas brasileiros mundo afora

Se você tiver a chance de cruzar o Brasil de norte a sul, e de leste a oeste, verá que as paisagens mudam muito de região para região. É que nosso país é composto por seis diferentes biomas terrestres – conjuntos de tipos de vegetação que abrangem grandes áreas contínuas, com flora e fauna similares, e aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas) parecidos. Com certeza você já ouviu falar nesses seis biomas: a Amazônia, no Norte; o cerrado, que ocupa partes do Centro-Oeste, do Sudeste e do Nordeste; a mata atlântica, perto do litoral, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul; a caatinga, no Nordeste; o Pantanal, no Centro-Oeste, perto da fronteira com o Paraguai; e o pampa, no Rio Grande do Sul. Cada bioma tem características diferentes. A caatinga, por exemplo, é um bioma só nosso, que não se encontra em outros países do mundo. A Amazônia, nosso maior bioma, se estende por outros países da América do Sul, como Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador. Da mesma forma, o Pantanal se estende pelo Paraguai, a Bolívia e o norte da Argentina – nesses países, ele se chama Chaco – e a mata atlântica vai até o Paraguai e a Argentina. Mas há dois biomas brasileiros que encontram correspondentes em diversos outros cantos do mundo, não só em países vizinhos: o cerrado e o pampa.   Nossa savana: o cerrado Você já deve ter ouvido falar das savanas africanas – habitadas por leões, girafas, zebras. Pois o cerrado é uma savana. Esse bioma é caracterizado por grandes extensões de capim permeadas por árvores pequenas e retorcidas, que às vezes possuem os troncos queimados pela passagem do fogo. Além da África do Sul e do Brasil, a savana está presente em outros países da América do Sul (esse bioma também é encontrado na Colômbia, na Venezuela e na Bolívia) e na Austrália. Mas há uma grande diferença entre essas savanas e a nossa: o cerrado é muito mais rico em biodiversidade – ele é uma das 34 áreas de maior riqueza de espécies de todo o mundo: abriga 11.627 espécies de plantas nativas, 199 espécies de mamíferos, 837 espécies de aves e cerca de 1200 espécies de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios. A má notícia é que toda essa biodiversidade está ameaçada: estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais do cerrado estão ameaçadas de extinção, como é o caso do lobo-guará.   Nossos campos: o pampa Cerca de 25% da superfície terrestre abrange regiões de campos – no entanto, estes ecossistemas estão entre os menos protegidos em todo o planeta. Os campos de clima temperado, conhecidos no Brasil como pampa (palavra de origem indígena que significa “terra plana”), possuem terras baixas e predominantemente planas, recortadas por colinas arredondadas, conhecidas como “coxilhas”, e onde se encontram capões de mata, matas ciliares e banhados. Há campos no centro-oeste dos Estados Unidos, no leste da Europa e na Austrália. Na comparação com as florestas e savanas, a vegetação dos campos é mais simples e menos exuberante. Ainda assim, estima-se que esse bioma abrigue em torno de 3000 espécies de plantas, especialmente gramíneas, 500 espécies de aves e mais de 100...

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Uma visita à Estação Espacial Internacional

Uma visita à Estação Espacial Internacional

Quem acompanha o site de TIM Faz Ciência já sabe alguma coisa sobre a Estação Espacial Internacional (EEI, ou ISS, na sigla em inglês). Esse grande laboratório espacial foi criado para ser uma base permanentemente habitada – desde 2000, a EEI já abrigou 222 astronautas de 18 países, inclusive o brasileiro Marcos Pontes. Além de permitir que os cientistas estudem o efeito da permanência no espaço sobre o corpo humano e coletem dados sobre os oceanos, a atmosfera e a superfície terrestre, a EEI possibilita a realização de experimentos e pesquisas que não poderiam acontecer na Terra por causa da aceleração da gravidade. Nós já mostramos um pouco da rotina dos astronautas que habitam a EEI (O dia a dia na Estação Espacial Internacional) e falamos das mudanças que acontecem no corpo de uma pessoa que passa um ano morando lá (Como fica o corpo dos astronautas no espaço?). Mas nada é tão interessante quanto visitar a EEI pessoalmente, não é mesmo? E você pode fazer isso – pelo menos no mundo virtual, com o Google Street View. É claro que tem algumas diferenças: como não dá pra mandar um carro para o espaço, o tour em 360° da estação foi feito com base em fotos tiradas pelo astronauta francês Thomas Pesquet. Dá pra visitar 16 módulos da EEI e conhecer mais sobre eles com os textos explicativos que ficam à direita da tela (em inglês). Entre os mais interessantes estão a Cúpula, um pequeno módulo produzido na Itália e desenhado para a observação de operações feitas do lado de fora da estação, e que tem uma vista espetacular da Terra. Outro módulo que vale a visita é o Laboratório de Pesquisa Columbus, feito pela Agência Espacial Europeia: ele é bem grande – tem 75 m³ – e permite a realização de milhares de experimentos sobre ciências naturais, materiais, física dos fluidos. Não deixe de navegar pelos nós (Node), que são as áreas cheias de cantinhos e equipamentos que conectam os módulos uns nos outros. Uma visita para quem quer se sentir astronauta por um dia!     Saiba mais sobre a EEI: – https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/07/20/google-torna-possivel-viagem-ao-espaco-com-apenas-um-clique.htm – https://canaltech.com.br/ciencia/Tudo-sobre-a-Estacao-Espacial-Internacional/   Notícias relacionadas: – Como fica o corpo dos astronautas no espaço? – O desafio de levar os primeiros humanos a Marte – Um mapa gigante das estrelas da Via Láctea...

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Invenções que você não sabia serem brasileiras

Invenções que você não sabia serem brasileiras

Pense rápido: quando falamos em invenções feitas por brasileiros, o que vem à sua mente? Talvez alguém pense no 14-Bis de Santos Dumont, o primeiro avião a decolar e pousar sem a ajuda de equipamentos. Ou então no Museu das Invenções, que fica em São Paulo e reúne mais de 500 invenções, a maioria feita por brasileiros. Mas alguém aí pensa no câmbio automático? Nas radiografias? No relógio de pulso? Pois acredite: essas invenções, entre muitas outras, foram feitas por brasileiros! Confira a seguir a história de algumas:   Rádio Quem entrou para a história como o inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi: em 1896, ele patenteou um sistema de telegrafia sem fios que é o precursor do rádio moderno – foi uma descoberta tão sensacional que ele chegou a ganhar o Prêmio Nobel de Física algum tempo depois. Mas dois anos antes, em 1894, o padre brasileiro Roberto Landell de Moura já havia conseguido transmitir a voz de algumas pessoas por aproximadamente 8 km, em linha reta. Diversos fatores fizeram com que o trabalho de Landell fosse esquecido, entre eles o fato de que o padre se recusou a aceitar investimento estrangeiro. Ele acreditava que suas invenções pertenciam ao Brasil. Saiba mais: super.abril.com.br/historia/o-outro-inventor-do-radio   Soro antiofídico Vital Brazil é um dos nossos maiores cientistas. Ele trabalhou no combate a diversas epidemias nos séculos XIX e XX, como febre amarela, cólera, varíola e peste bubônica, mas foi a criação do soro antiofídico que o colocou na história da ciência mundial. Quando trabalhava no Instituto Bacteriológico de São Paulo, Vital Brazil estudou o assunto a partir do trabalho do francês Albert Calmette – em 1896, ele havia conseguido curar um homem picado por uma naja usando anticorpos (o método de Calmette envolvia injetar em cavalos doses mínimas do veneno da cobra, já desintoxicado por processo químico ou aquecimento, e utilizar os anticorpos gerados pelo animal para tratar picadas). Vital Brazil descobriu que o soro de Calmette não curava picadas de cascavel e jararaca, as mais que matavam por aqui, e que para a picada de cada cobra devia ser ministrado um veneno específico. Até hoje, o método de Vital Brazil é o mais eficaz para neutralização de peçonha. Saiba mais: g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/ha-100-anos-vital-brazil-entrava-na-historia-ao-receber-patente-do-soro-antiofidico.ghtml   Escorredor de arroz A dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade estava cansada de ver sua pia entupida toda vez que lavava arroz. Para facilitar esse processo, ela mesma criou um aparato: o escorredor de arroz, que consiste em um utensílio em que é possível lavar o arroz em um compartimento e escorrê-lo em outro. Ela patenteou o objeto – que está presente nas cozinhas de boa parte das casas brasileiras – nos anos 1950.   Identificador de chamadas Não importa se você tem um smartphone ou um telefone fixo – se você consegue ver o número de quem está ligando é por causa do identificador de chamadas. Esse aparato, chamado de Bina (sigla para “B Identifica Número A”) foi inventado pelo eletrotécnico Nélio José Nicolai em 1977, quando trabalhava na estatal Telebrasília. A ideia de Nélio era reduzir o número de trotes e golpes. Ele chegou a ser premiado e reconhecido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) pela invenção. Saiba mais: piaui.folha.uol.com.br/materia/identificador-de-dinheiro   BÔNUS: O câmbio automático foi inventado em 1932 por José Braz Araripe e...

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Música e ciência no mesmo ritmo

Música e ciência no mesmo ritmo

No dia 6 de fevereiro, a empresa norte-americana SpaceX lançou o foguete mais potente do mundo, o Falcon Heavy. O foguete levou a bordo algo bem inusitado: um carro com um boneco vestido de astronauta ao volante e que, desde então, está orbitando o Sol e se afastando da Terra. Nos alto-falantes do carro, toca a música “Space Oddity”, do cantor David Bowie, que fala justamente sobre um astronauta que perde o contato com o nosso planeta. Se o lançamento do Falcon Heavy já é um fato histórico, a trilha sonora ajudou a deixar pessoas de todo o mundo ainda mais encantadas com esse feito. E é um bom exemplo de como a música pode trazer mais beleza para a ciência e aproximá-la de todos! Aqui no Brasil há vários artistas que se inspiraram em conceitos científicos para compor suas músicas. E professores e professoras também podem aproveitar algumas delas para complementar as aulas de ciências de uma forma diferente e divertida. Confira alguns exemplos a seguir – e não esqueça de deixar suas sugestões de músicas relacionadas a ciência nos comentários!   “Quanta” – Gilberto Gil Gilberto Gil é um dos músicos que mais faz conexões com a ciência em suas canções. Nesta ele fala do quantum, que é a menor quantidade possível de energia que pode existir. Quanta do latim / Plural de quantum / Quando quase não há / Quantidade que se medir / Qualidade que se expressar / Fragmento infinitésimo / Quase que apenas mental    “Planeta Água” – Guilherme Arantes Essa música já é bem conhecida e inclusive utilizada por muitos professores e professoras nas aulas para falar do ciclo da água. Mas não podíamos deixar de mencioná-la por aqui também! Água que nasce na fonte serena do mundo / E que abre um profundo grotão / Água que faz inocente riacho / E deságua na corrente do ribeirão    “Luz do Sol” – Caetano Veloso A letra fala das belezas do ciclo da vida, da interferência do ser humano na natureza e termina com a esperança de que a luz do Sol, pela fotossíntese, continue renovando a vida na Terra. Luz do Sol / Que a folha traga e traduz / Em verde novo / Em folha, em graça / Em vida, em força, em luz    “Caatinga” – Paulo Soares e a Terceira Cidade Quando a gente ouve essa música, dá até para imaginar uma linda paisagem da caatinga! A letra menciona algumas das milhares de espécies de plantas e animais que vivem por lá. Jenipapo, mulungu / Mata seca, céu azul / O quipá, facheiro e o mandacaru / Pele de onça preta / Tatu, tamanduá / Calango comendo batata tiú / Jararaca Armada / Pé de jacurutu   “Embolada do Tempo” – Alceu Valença O tempo é infinito? Essa questão intriga e encanta não só cientistas, como muita gente ao longo de nossa história. Alceu Valença brincou com o tema nessa divertida embolada! Você quer parar o tempo / O tempo não tem parada / O tempo em si / Não tem fim, não tem começo / Mesmo pensado ao avesso / Não se pode mensurar    Confira mais exemplos: – Guia do Estudante – História, Ciências, Saúde – Manguinhos – Minas Faz Ciência Infantil  ...

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Recado especial do UNICEF para as crianças de TFC

Recado especial do UNICEF para as crianças de TFC

Um dos desafios do percurso Questionar convida os alunos e alunas a escrever cartas para uma criança que nunca foi à escola, contando como é este lugar e apresentando argumentos e razões que as convençam a ir para a escola. Um dos objetivos dessa atividade é apoiar o programa Fora da Escola Não Pode!, uma iniciativa muito importante do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) que procura conscientizar governos e sociedade civil sobre o problema da exclusão escolar e sugerir planos práticos para chegar a uma solução. Recebemos centenas de cartinhas de estudantes de todo o país entre 2014 e 2016, e encaminhamos todas à equipe do Fora da Escola Não Pode!. E esses esforços foram reconhecidos pelo próprio UNICEF! Ítalo Dutra, chefe de Educação do UNICEF no Brasil, enviou uma carta dedicada especialmente a todos os alunos e alunas participantes de TIM Faz Ciência que contribuíram com suas cartas e desenhos para incentivar que mais crianças e adolescentes voltem a estudar. “Espero que vocês continuem tentando, do seu próprio jeitinho, da forma como podem, contribuir para levar à escola as crianças e esses adolescentes que estão sem estudar. Nossos esforços se multiplicam quando vocês estão juntos a nós”, escreveu Ítalo. Confira a carta completa a seguir (clique para ampliar): E nós, de TIM Faz Ciência, reforçamos esse agradecimento: muito obrigado pela dedicação de todos...

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Você já conhece todos os materiais e recursos de TFC?

Você já conhece todos os materiais e recursos de TFC?

O material didático de TIM Faz Ciência foi elaborado para contribuir com o ensino de ciências nos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, convidando crianças e professores a explorar sete operações intelectuais próprias à produção do conhecimento. E além dos cadernos, o site de TFC tem uma variedade de recursos disponíveis para que os professores acessem e utilizem à vontade em suas aulas. Você já conhece todos eles? Confira! Na página Materiais didáticos, você encontra links para visualizar, baixar e imprimir gratuitamente todos os cadernos que compõem o material didático de TFC. São oito cadernos para os professores (um para cada operação intelectual e a Bula, com orientações sobre as atividades) e um Caderno do Estudante. Já a página Conheça as 7 operações reúne todos os vídeos que dão suporte às atividades, com aulas conduzidas pelo professor José Sérgio Carvalho e as histórias de cada operação contadas pela contadora de histórias Kiara Terra. A Galeria de Pensadores contém vídeos com depoimentos de especialistas brasileiros e estrangeiros sobre educação e o ensino de ciências na escola. Navegue pelas seções Notícias e Para Saber + para ficar por dentro de novidades e curiosidades do mundo da ciência, conhecer sugestões de materiais para incrementar as aulas e conferir como o percurso de TFC foi realizado em escolas de todo o país. TFC também tem dois perfis no Flickr onde você pode ver fotos das aulas e registros de atividades de TIM Faz Ciência enviadas pelos professores e professoras que participaram do programa. Os álbuns de fotos estão neste perfil e os álbuns de atividades estão neste perfil. E se quiser conferir relatos de outros participantes, visite as seções de comentários voltadas para professores, estudantes e interessados. Fique à...

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Animais curiosos das profundezas do oceano

Animais curiosos das profundezas do oceano

Um lugar extremamente frio, escuro, com uma pressão que faria os pulmões de uma pessoa pararem de funcionar em um instante… Parece um lugar impossível de se viver – ou que apenas extremófilos conseguiriam suportar. Mas existem inúmeros seres vivos morando por lá, de micróbios a peixes. Estamos falando das profundezas do oceano, mais de 200 metros abaixo da superfície. É uma área que corresponde a mais de 90% do oceano, mas da qual não sabemos quase nada. Para explorar essa região cheia de mistérios, é preciso contar com veículos e equipamentos submarinos muito caros, que aguentam altos níveis de pressão. Afinal, 200 metros é só o comecinho da jornada: o ponto mais profundo do oceano, a depressão Challenger, fica a 11 km da superfície, em uma região chamada Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico. Apenas três pessoas já se aventuraram nesse lugar: o oceanógrafo e engenheiro suíço Jacques Piccard e o tenente da Marinha dos Estados Unidos Donald Walsh, que ficaram por 20 minutos no local em 1960; e o cineasta norte-americano James Cameron, responsável por filmes como “Titanic” (1997) e “Avatar” (2009), que durante seis horas gravou imagens para um documentário e coletou amostras do local para pesquisadores em 2012. E que tipos de animais sobrevivem nas condições difíceis do mar profundo? Uma variedade gigante! Acredita-se que há mais de 1 milhão de espécies (das quais não conhecemos nem a metade), com as características mais diferentes e curiosas que podemos imaginar: dentes parecidos com espinhos longos e pontiagudos, órgãos que emitem luz, olhos enormes, corpos transparentes, formatos inusitados. Esses e outros aspectos são essenciais para que espécies de peixes, crustáceos, águas-vivas, corais e outros animais se adaptem a um ambiente tão inóspito. Talvez você já tenha visto um desses animais no filme “Procurando Nemo” (2003). É o peixe-diabo-negro, que persegue os peixinhos Marlin e Dory com seus dentes longos e uma antena que parece uma lanterna. Veja abaixo um vídeo do peixe-diabo-negro no oceano:     A antena que emite luz na ponta parece ser algo raro, mas, na verdade, há muitos animais das profundezas do oceano que conseguem emitir luz por meio de um fenômeno chamado bioluminescência (o mesmo usado pelos vaga-lumes). É uma forma de ajudar a encontrar presas no meio da escuridão – a partir de 1 km de profundidade, não há mais nenhum vestígio da luz do Sol. Justamente por não haver luz, quase não há algas nessas regiões, já que a maioria depende de luz para fazer a fotossíntese e sobreviver. Por isso, muitos animais são carnívoros e têm bocas e dentes muito grandes para pegar suas presas. Outros se alimentam de restos de algas e animais mortos que afundam das partes superiores do mar. É muito comum compararmos os animais do oceano profundo com monstros, já que suas aparências são bem esquisitas – algumas chegam a ser assustadoras! Porém, é uma percepção que precisa ser mudada. Em um artigo no site norte-americano The Conversation, a professora da Universidade do Sul da Austrália Carla Litchfield afirma que devemos ter o mesmo cuidado com esses animais que o que temos por bichos que consideramos bonitos. Eles também precisam de atenção e proteção e são essenciais para manter todo um ecossistema que está sofrendo com poluição e pesca ilegal, e que é tão importante...

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Descobertas – e confusões – sobre os elementos

Descobertas – e confusões – sobre os elementos

Como explicamos anteriormente aqui, a tabela periódica reúne todos os elementos químicos descobertos até hoje. Todas as substâncias que conhecemos no universo são formadas por pelo menos um dos 118 elementos registrados na tabela. Chegar a esse número, que pode sempre aumentar, envolveu muita pesquisa e trabalho de diversas pessoas ao longo do tempo. E os métodos para descobrir os elementos foram os mais variados – e até curiosos. Os primeiros elementos químicos foram registrados milênios antes de Cristo, como cobre, chumbo, ouro, prata e ferro. Esses elementos encontrados na natureza foram utilizados em muitas construções e artefatos, mas não existia a noção que temos hoje do que é um elemento químico. Até o final da Idade Média, quase todo mundo acreditava na ideia do filósofo grego Aristóteles de que todas as substâncias eram feitas da combinação de quatro elementos: água, fogo, terra e ar. Os estudos dos elementos continuaram ao longo dos séculos de maneira bastante lenta. Só depois que a coisa acelerou: a maioria dos elementos químicos que conhecemos foi registrada a partir do século XVIII. Alguns foram descobertos por meio de métodos científicos rigorosos; outros, por puro acidente. O fósforo é um exemplo do segundo caso. Durante séculos, muita gente acreditou que havia uma receita misteriosa para produzir a pedra filosofal, que transformaria metais em ouro e ajudaria a tornar uma pessoa imortal. O alemão Henning Brand foi um deles, e em 1669 fez um experimento bem esquisito para tentar obter a pedra filosofal. Ele coletou milhares de litros de urina, deixou os barris de molho ao ar livre por várias semanas e começou a ferver, esfriar, destilar, misturar resíduos… O resultado foi uma substância branca que brilhava no escuro e pegava fogo em contato com o oxigênio. Brand deu a ela o nome de fósforo, que significa “fonte de luz” em grego. Já a descoberta do oxigênio envolveu um método bem comum, que é o isolamento (quando você separa os elementos de uma substância). O primeiro cientista a isolar o oxigênio foi o sueco Carl Wilhelm Scheele, em 1772, ao aquecer um pó que misturava mercúrio e oxigênio. Antes de Scheele divulgar sua descoberta, o inglês Joseph Priestley fez um experimento parecido e publicou o resultado. Só que os dois achavam que tinham descoberto o flogístico, uma substância que alguns acreditavam existir em todos os materiais que pegam fogo. Depois de conhecer os experimentos de Scheele e Pristley, o francês Antoine Lavoisier conduziu seus próprios experimentos e afirmou que não existia o flogístico, nomeando o elemento isolado de oxigênio. Até hoje há uma confusão para definir qual dos três descobriu esse elemento. Vários outros métodos já foram utilizados nas descobertas, como o estudo das cores que as substâncias provocam em uma chama e a modificação de um elemento para transformá-lo em outro. Estes últimos fazem parte do grupo de elementos artificiais, que foram criados por cientistas e não são encontrados na natureza. Os quatro elementos mais recentes foram acrescentados à tabela periódica em 2016. Quem sabe quantos mais ainda terão? Curiosidade: O desenhista americano Keith Enevoldsen criou uma tabela periódica incrível que mostra exemplos de onde os elementos são usados ou estão presentes. Infelizmente ela está em inglês, mas dá para comparar com a tabela em português para saber os nomes dos elementos e descobrir...

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Como fica o corpo dos astronautas no espaço?

Como fica o corpo dos astronautas no espaço?

Muitas crianças e adultos já tiveram o sonho de viajar para o espaço: ver a Terra lá do alto, sair flutuando pela nave, fazer pesquisas importantes para a ciência… Mas quem ainda pretende seguir esse sonho tem que ter uma coisa muito importante em mente: é preciso um preparo muito intenso para ser astronauta. Não só em relação aos estudos, mas também ao organismo. É que as condições do espaço causam diversas alterações no corpo humano. Essa é uma grande preocupação das agências espaciais, principalmente para conseguir encontrar formas de enviar os astronautas para viagens mais longas (como para Marte) sem prejudicar sua saúde. A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, fez uma experiência bem interessante: o astronauta Scott Kelly passou um ano na Estação Espacial Internacional, enquanto seu irmão gêmeo idêntico, Mark Kelly, ficou aqui na Terra. Desde que Scott voltou do espaço, em 2016, ele e Mark passam por exames para verificar as diferenças entre os dois e descobrir tudo que a estadia no espaço causou no corpo do astronauta. Veja algumas mudanças que acontecem no organismo de quem se aventura para fora da Terra:     Ossos e músculos mais fracos Como no espaço o corpo não precisa fazer muito esforço para se manter firme em pé ou se movimentar, os ossos e músculos acabam enfraquecendo. Por isso, os astronautas precisam fazer exercícios todos os dias enquanto estão no espaço – e, mesmo assim, eles voltam para a Terra com ossos e músculos mais leves. Mais altos no espaço, mais baixos na Terra Com menos massa muscular ao seu redor e em um ambiente onde a gravidade tem um efeito quase nulo, a coluna vertebral dos astronautas estica, e eles podem ficar até 3% mais altos. Scott Kelly ganhou cerca de 5 cm de altura no espaço, mas já voltou à altura normal na Terra. Muitos astronautas, como Scott, relataram fortes dores nas costas por causa desse problema. Visão prejudicada Alguns astronautas ficaram com a visão embaçada ou reduzida por causa de sua estadia no espaço. As mudanças de pressão causam alterações nos globos oculares e no nervo óptico, que podem levar os astronautas a ter mais dificuldade para enxergar. Líquidos por todo o corpo Por causa da gravidade, sangue e outros líquidos do nosso organismo ficam, em grande parte, nas extremidades do corpo. Na microgravidade, eles se espalham igualmente pelo corpo todo, inclusive pela cabeça. Durante as primeiras semanas no espaço, as pernas dos astronautas podem ficar mais finas e o rosto, inchado. Inúmeras adaptações O coração pode ficar menor, por não precisar de tanta força para bombear o sangue; muitos astronautas têm dificuldade para dormir em condições tão diferentes da Terra; há uma exposição maior à radiação cósmica, que aqui na Terra é filtrada pela atmosfera. Imagina passar por tantas mudanças no espaço e depois se adaptar novamente de volta à Terra? Realmente, ser astronauta não é tarefa fácil!   Notícias relacionadas: – Viagens fictícias dentro e fora do Sistema Solar – O que é preciso para se tornar um astrônomo? – Foguetes e ônibus espaciais na nossa visita à...

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