Existe uma área da ciência dedicada a estudar materiais bem, mas bem pequeninhos. Não dá nem para enxergá-los sem a ajuda de equipamentos muito potentes! É a nanociência, que pesquisa objetos em escala nanométrica. Ou seja, eles são tão pequenos, que não são nem medidos em centímetros ou milímetros, e sim em nanômetros. Para você ter uma ideia do que isso significa, a espessura de um fio de cabelo mede em torno de 80 mil a 100 mil nanômetros!
E para que serve estudar materiais tão minúsculos? Para um montão de coisas importantes, desde a fabricação de remédios até de materiais usados em foguetes. Sabe aquelas roupas de tecido impermeável, que não deixam entrar água? Também são feitas com a nanotecnologia! Para entender como ela funciona, temos que lembrar que todas as coisas são compostas por partículas chamadas átomos, que são menores que 1 nanômetro. E dependendo de como esses átomos estão formados, os materiais podem ter diferentes características.
Por exemplo: os átomos de carbono podem dar origem a um material frágil como a grafite do lápis e, ao mesmo tempo, a outro muito resistente como o diamante. O que os cientistas que trabalham com a nanotecnologia fazem é observar como os átomos se comportam quando estão em diferentes estruturas, para depois conseguir manipulá-los (é como se os átomos fossem tijolinhos sendo montados de formas diferentes). É assim que eles conseguem criar produtos inovadores, como bicicletas mais leves, embalagens que conservam os alimentos por mais tempo ou um verniz que não deixa o carro ter um arranhão.
Além de inventar coisas novas, os cientistas também usam a nanotecnologia para fazer arte! As imagens de materiais nanométricos que eles capturam com seus equipamentos mostram formas muito bonitas e curiosas, que são registradas em preto e branco. Os cientistas deixam as fotos coloridas usando o computador para formar verdadeiras obras de arte.
O livro “Nanoarte: a arte de fazer arte” tem mais de 80 fotografias desse tipo, feitas pelos técnicos e pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As legendas mostram tanto o nome do material quanto o nome artístico pensado pelo cientista, inspirado nos formatos de cada um. Há alguns que lembram facilmente uma colmeia, um cavalo-marinhos, bolas de tênis… Em outros, os autores soltaram a imaginação e deram nomes divertidos como “Dança dos Robôs” e “Espaguetes Encantados”.
O livro é gratuito e pode ser solicitado por e-mail ao professor Elson Longo, que coordenou a produção. O e-mail é elson.liec@gmail.com. Também dá para conferir o livro online neste link. Veja abaixo algumas das fotos.
Créditos das imagens: Rorivaldo Camargo e Ricardo Tranquilin
Saiba mais:
– Ciência Hoje das Crianças
– Matéria de Capa – TV Cultura
– Revista Unesp Ciência
Achei muito legal esse novo aprendizado que Tim faz Ciência nos proporcionou. É maravilhoso saber dessa nova unidade de medida, “nanômetro”. Então agradeço essa nova fonte de pesquisa
http://timfazciencia.com.br/noticias/nanociencia-tecnologia-e-arte-com-o-invisivel/