Nas seções “Fale, estudante!” e “Fale, Professor(a)!” aqui do site, recebemos diversos comentários de alunos e professores participantes de TIM Faz Ciência. Alguns deles são perguntas bem interessantes relacionadas à ciência, e é muito bacana ver a criançada se interessar por tantos assuntos diferentes! Por isso, preparamos uma série de matérias para ajudar estudantes e professores a chegar a essas respostas por meio de uma atividade tão comum nas escolas: a pesquisa.
Pesquisar parece até tarefa fácil quando temos acesso à internet – é só colocar a pergunta no Google, clicar no primeiro resultado e pronto, não é mesmo? Mas não é bem assim! Na verdade, a pesquisa é uma atividade que precisa de tempo e atenção, e que inclusive envolve as operações intelectuais. “Nós questionamos, aplicamos os conhecimentos que já temos, verificamos as informações encontradas… Todas as operações estão interligadas e podem ser usadas durante a pesquisa”, diz a pedagoga Lilian Faversani.
Quando pesquisamos alguma coisa é porque temos uma pergunta. E é a partir dela que tudo começa! “Tão importante quanto aprender a pesquisar é fazer boas perguntas”, afirma o doutor em Física Cesar Nunes. Ele explica que é importante conhecer os quatro tipos de perguntas que podemos fazer:
• Perguntas de memória são aquelas que já têm respostas prontas. Exemplo: Quem inventou o telefone?
• As perguntas de conhecimento vão um pouquinho mais além, e buscam entender um processo. Exemplo: Como se forma um arco-íris?
• Com as perguntas de opinião, os alunos têm que pesquisar diferentes posições para se aprofundar em um assunto e validar sua opinião. Exemplo: Você acha que a escola é importante para as crianças?
• Já as perguntas de pensamento divergente abordam situações que nunca aconteceram, e por isso não existe uma resposta certa, nem errada. Os alunos têm que inferir sua resposta a partir das coisas que pesquisaram. Exemplo: O que aconteceria se a Terra parasse de girar?
“É interessante que os professores façam e deixem os alunos fazerem os quatro tipos de perguntas, para criar a necessidade de se preocupar com a qualidade das informações. As perguntas e os jeitos de perguntar devem motivar as crianças”, recomenda Cesar. Outra coisa importante é pensar no que você já sabe sobre o assunto e conversar com outras pessoas para ver o que elas conhecem ou consultar suas opiniões. “O avanço nas teorias vem de conhecer as ideias dos colegas”, comenta o físico.
Lilian acrescenta que quando a gente faz uma pergunta é porque já sabemos alguma coisa sobre o assunto, mas muitas vezes achamos que não sabemos. Ela recomenda como primeiro passo escrever a pergunta completa na busca pela internet. “Vão aparecer muitos resultados ruins, mas que vão ajudar a desdobrar a questão em outras perguntas para continuar a pesquisa”, indica.
Depois de refletir sobre a pergunta, debater com os colegas e ampliar os questionamentos, chegou a hora de procurar as fontes. Mas esse é o tema da nossa próxima matéria. Acompanhe as atualizações do site para saber mais!
Gostei muito,quero receber mais ideias sobre iniciação à pesquisa
Olá, Rosana,
Estamos preparando uma série de matérias sobre pesquisa, aguarde que em breve publicaremos as outras aqui no site.