Há muito tempo o ser humano se inspira na natureza para inventar coisas. Um exemplo foi o artista e inventor Leonardo Da Vinci, que projetou diversas máquinas a partir de suas observações da natureza nos séculos XV e XVI. Mas foi só no século passado que essa prática ganhou um nome e se tornou um ramo de estudo específico na ciência: a biomimética.
Esse termo significa “imitação da vida” – e não poderia ser mais adequado para descrever a que essa área se dedica. A biomimética envolve não só cientistas, como também designers, engenheiros, arquitetos e outros profissionais, que estudam as características dos seres vivos e de fenômenos da natureza para tentar reproduzi-las em suas criações. Existem materiais à prova d’água inspirados na flor-de-lótus, um aquecedor com tecnologia inspirada nos olhos da lagosta, um carro com formato inspirado no peixe-cofre e inúmeras outras invenções baseadas na grande diversidade de “tecnologias” que podem ser encontradas na natureza.
A série “O que é, o que é?”, do Canal Futura, mostra dez invenções que surgiram a partir do mundo animal. Os vídeos têm cerca de um minuto e meio e são apresentados pelo biólogo Ney Mello, que também foi responsável pelas pesquisas dos episódios. Dá para assistir a todos os vídeos pelo YouTube – veja só alguns deles.
O tubarão-mako tem escamas em sua pele que fazem com que a água deslize mais rápido pelo seu corpo. Foi daí que surgiu a ideia de fazer roupas especiais para os atletas da natação.
Os trens-bala faziam um barulho muito, mas muito alto quando atingiam altas velocidades. A solução para isso veio do martim-pescador, um pequeno pássaro que mergulha a 40 quilômetros por hora para capturar peixes, sem fazer barulho ou espalhar água.
Se hoje os curativos estão menos doloridos de se retirar, agradeça às aranhas! Especialmente às do gênero Tegenaria, que também foram a inspiração para que os curativos modernos protegessem contra infecções.