Neste ano, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) completa 100 anos de existência. É uma entidade que reúne grandes cientistas brasileiros e que contribui para o desenvolvimento da ciência no país por meio de várias ações. Entre elas, a ABC promove eventos nacionais e internacionais, organiza programas científicos e grupos de estudo, divulga pesquisas e artigos, mantém contato com academias de ciências e pesquisadores de outros países e colabora com as políticas voltadas para ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Confira algumas curiosidades a seguir e conheça mais sobre o primeiro século de atividades da ABC!
A ABC foi criada em 3 de maio de 1916 no Rio de Janeiro (RJ) e teve como fundadores o médico e antropólogo Edgard Roquette-Pinto, o engenheiro e astrônomo Henrique Morize e o médico Oswaldo Cruz. Naquela época, ela tinha o nome de Sociedade Brasileira de Sciencias (era assim que se escrevia “ciências” antigamente), e só foi ganhar o nome atual em 1921, para seguir um padrão internacional.
Se antes a ABC contava apenas com três áreas da ciência, que eram as biológicas, matemáticas e físico-químicas, hoje ela envolve dez áreas. São as ciências matemáticas, físicas, químicas, da Terra, biológicas, biomédicas, da saúde, agrárias, da engenharia e sociais. Todo ano acontece uma eleição para selecionar novos membros – atualmente há mais de 700 deles! Entre os cientistas mais conhecidos que já passaram por lá estão o inventor Alberto Santos Dumont, os médicos Carlos Chagas e Adolpho Lutz, as engenheiras agrônomas Victoria Rossetti e Johanna Döbereiner e os físicos César Lattes e Mário Schenberg.
O físico alemão Albert Einstein foi um dos membros internacionais da ABC, chamados de membros correspondentes, e realizou uma palestra na Academia em 1925. Alguns anos antes, em 1919, uma comitiva da ABC com pesquisadores brasileiros e estrangeiros viajou até Sobral (CE) para comprovar uma das mais famosas teorias de Einstein, a Teoria da Relatividade Geral. A cientista polonesa Marie Curie também foi eleita membro correspondente da ABC em 1922 – e a primeira mulher a se tornar membro da Academia.
A ABC ainda contribuiu na fundação da primeira emissora de rádio do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, e de diversas instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de São Paulo (USP), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Para aproximar crianças e jovens do mundo da ciência, a ABC mantém o site ProfiCiência. Lá tem informações sobre o que fazem os profissionais de cada área da ciência, vídeos com depoimentos de cientistas contando por que escolheram essa profissão, dicas de livros e filmes, conteúdo dedicado às meninas e muito mais. Em comemoração aos seus 100 anos, a ABC também lançou um e-book para crianças chamado “100 anos da ABC – convidados especiais”, com textos, vídeos e jogos sobre 14 cientistas que fizeram parte da Academia. Dá para baixar gratuitamente em celulares e tablets com sistema operacional Android ou iOS.