Ela foi a primeira mulher a receber um título de doutora por uma universidade francesa, a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e a única pessoa do mundo que já recebeu dois Prêmios Nobel em áreas diferentes da ciência. Não é à toa que Marie Curie é considerada uma pioneira e um dos nomes mais respeitados e reconhecidos na ciência. E quem pensa que a vida da cientista polonesa foi feita só de conquistas, está enganado. Marie passou por diversas dificuldades pessoais – e a superação delas é o que torna sua história ainda mais fascinante!
Marie nasceu em 1867 na capital da Polônia, Varsóvia, e era a caçula de cinco irmãos. Seus pais eram professores e sempre incentivaram os filhos a estudar. Mesmo sendo uma ótima aluna e tendo terminado a escola aos 15 anos, ela levou um bom tempo para entrar em uma universidade. É que, naquela época, as mulheres eram proibidas de ir à faculdade na Polônia. Então ela fez um acordo com uma de suas irmãs, Bronya: Marie iria trabalhar para ajudar a pagar os estudos de Bronya na França e, depois, sua irmã faria o mesmo por ela.
Conhecer as dificuldades dos cientistas pode ajudar a aumentar o interesse pela ciência.
A futura cientista trabalhou como professora particular e governanta durante vários anos. Além disso, frequentou aulas em uma universidade clandestina voltada para as pessoas que eram proibidas de cursar uma graduação. Até que, finalmente, conseguiu se mudar para Paris aos 24 anos para estudar Física e Matemática. Manter-se em outro país não foi uma tarefa fácil: Marie trabalhou limpando equipamentos de vidro dos laboratórios da universidade para ganhar mais dinheiro e teve que racionar comida por um tempo, chegando a se alimentar apenas de pão e chá.
No ano em que se formou em Matemática, em 1984, a cientista conheceu o físico Pierre Curie, que se tornou seu marido e grande parceiro de trabalho. Juntos, eles conduziram as primeiras pesquisas sobre a radioatividade e receberam o Prêmio Nobel de Física em 1903. Infelizmente, Pierre faleceu alguns anos depois, em 1906. Marie ficou bastante abalada, mas continuou o trabalho por conta própria. Ela estudou as propriedades de dois novos elementos químicos que havia descoberto anteriormente, o polônio e o rádio, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Química em 1911.
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Essas pesquisas foram muito importantes para a ciência, principalmente para a medicina. E Marie contribuiu não só com o entendimento do que é a radioatividade, mas também com a aplicação dela na área médica. A cientista fundou o Instituto do Rádio, em Paris, que hoje se chama Instituto Curie e se dedica a pesquisas para o tratamento do câncer. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela criou máquinas portáteis de raio X e ajudou as equipes médicas a utilizá-las no atendimento aos soldados feridos.
Marie enfrentou preconceito apenas por ser uma mulher cientista, e mesmo assim não desistiu da profissão que amava. Revolucionou a ciência, colaborou com a medicina e fez questão de que suas pesquisas com o rádio estivessem disponíveis para qualquer cientista realizar novos estudos – ela se recusou a patentear o método que desenvolveu para obter o elemento. É uma pena que ainda não se conhecia os riscos da radioatividade naquela época. De tanto trabalhar sem proteção, Marie faleceu em 1934 devido a uma leucemia provocada por exposição a esses elementos. Vale a pena conhecer mais sobre sua história e seu trabalho, que inspira gerações de cientistas até hoje.
Saiba mais:
– Superinteressante
– Galileu
– Invivo (Fiocruz)
– Ciência Hoje
Oi sou estudante da escola 35 estou aqui para dizer obrigada por esse lindo projeto que está mudando minha vida.
Obrigada a você, Thauanny, por ser tão generosa!
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