Óculos com funis para pingar colírios, um piano dobrável, um equipamento para ler livros deitado sem precisar utilizar as mãos para segurá-lo… Estes são apenas alguns dos itens curiosos e criativos que fazem parte do acervo do Museu das Invenções, também conhecido como Inventolândia. O museu fica em São Paulo (SP) e tem cerca de 500 invenções expostas, a maioria criada por brasileiros.
A Inventolândia é aberta a visitantes de todas as idades, mas as crianças são a maior parte do público, especialmente por causa das excursões escolares. A gerente do local, Daniela Mazzei, conta que um dos objetivos do museu é justamente atrair o interesse dos pequenos, que se divertem ao experimentar algumas das invenções. Uma bola quadrada que quica como se fosse redonda, um jogo de basquete de botão e um pente para carecas (que ainda têm um pouco de cabelo nas laterais) estão entre as invenções mais populares entre a garotada.
Parte das invenções expostas não chegou a ser comercializada, enquanto outras viraram um grande sucesso. Uma delas é o tão utilizado espaguete de piscina, que foi criado pelo paulista Adriano Sabino. As rosas de madeira, inventadas por Odair e Marcos Oliveira, começaram a ser vendidas na Paraíba e hoje estão presentes também em lojas na Bahia e em São Paulo. “No Brasil existem bastante inventores, e as pessoas estão começando a ser mais incentivadas a investir em suas ideias”, afirma Daniela. A Associação Nacional dos Inventores, que é responsável pelo museu e oferece orientação para quem quer lançar suas invenções, mantém um site com vários exemplos de invenções brasileiras.
Daniela explica que os inventores costumam ser pessoas observadoras e criativas, mas que não existe um perfil específico para defini-los. “Poucos hoje se intitulam como inventores, como era antigamente, que a pessoa só se dedicava a isso. São pessoas comuns que passaram por uma necessidade no dia a dia, seja profissional ou não, inventaram um produto para solucionar essa necessidade e viram que também servia para outras pessoas”, diz. Ao contrário do que muita gente pensa, uma invenção não precisa ser algo extraordinário ou diferente. Uma adaptação ou melhoria de algo que já existe também pode ser inovador.
Para as crianças que sonham em um dia ter sua própria invenção, Daniela recomenda pesquisar bastante e ir atrás de suas ideias. “Tem que aproveitar esse momento, em que a imaginação é muito aflorada, e não perder isso, não deixar passar.” Muitas das invenções do museu são de pessoas que acharam que era uma má ideia e, alguns anos depois, decidiram tentar colocar em prática. “Sempre tem coisas a serem inventadas. Tudo que está à nossa volta foi inventado por alguém”, conclui.
O Museu das Invenções fica na Rua Doutor Homem de Melo, 1109, no bairro Perdizes. Ele abre de segunda a sexta-feira das 10h às 17h e a entrada custa R$ 15 (crianças menores de 5 anos não pagam). Quem não é de São Paulo pode dar uma olhadinha no museu pelo tour virtual disponível no site.
Muito legal essa ideia de divulgar os pequenos inventos que pessoas, intuitivamente, conseguiram driblar as pequenas dificuldades, que muitas vezes se tornam empecilhos a conclusão de algumas ações do dia a dia.
A divulgação é o primeiro passo para que novos invenções comecem a aparecer.
Parabenizo o Tim Faz Ciência por essa iniciativa.
Que bom que você gostou da matéria, Liduina!
Dá pra ver algumas dessas invenções no site do museu, você viu?