Uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, comprovou uma coisa que muito professor já imagina: crianças que participam de atividades criativas na infância têm mais chance de se tornar adultos inventores. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram um grupo de ex-estudantes de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Eles viram que aqueles que haviam se tornado mais bem-sucedidos quando adultos haviam feito atividades que estimulam a criatividade durante a infância.
É por essas e outras razões que a criatividade deve ser estimulada na sala de aula – e o professor de ciência pode contribuir, e muito, para isso. “Muito dos trabalhos podem ser rotineiros, mas também existem tarefas que são práticas e exigem mais da criatividade”, explica o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, Eduardo Mortimer.
“O interessante é estimular o raciocínio da criança com atividades táteis, onde elas possam tocar as coisas em laboratórios. Entrar em contato com a natureza em parques, mostrar a ciência dentro e fora da rotina, como levar as crianças a planetários e museus”, recomenda. Outra ideia é fazer atividades práticas ou jogos em sala de aula, convidando as crianças a questionar mais e formular hipóteses para o tema em questão.
Para Eduardo, a criatividade é um componente fundamental do trabalho científico. “Você tem que ir além do conhecimento técnico. De fato, ‘pensar fora da caixa’”, afirma. De acordo com o professor, trabalhar com ciência requer muito da intuição do cientista, que é desenvolvida a partir da criatividade. “Você pode tirar por Albert Einstein, que era apaixonado por música”, completa.
Acesse o link para saber mais sobre a pesquisa da Universidade Estadual de Michigan: http://www.futurity.org/arts-