O percurso “Questionar” foi repleto de debates, vídeos e música no 4º ano B da EMEB Maria Adelaide, de São Bernardo do Campo (SP)! As crianças pensaram em diversas perguntas que fariam se estivessem no lugar do rei da história “Até o Rei!”. Algumas delas foram: “O que me fez ser rei?”, “O que estou fazendo aqui?” e “Para onde vou?”. Uma das alunas comentou que achou difícil imaginar ser outra pessoa! E a professora Suelen de Araújo Santos aproveitou para conversar com a turma sobre a expressão “colocar-se no lugar do outro”.
Para complementar a discussão sobre a escola, Suelen mostrou para a sala alguns vídeos do programa Fora da Escola Não Pode!, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – você pode encontrá-los no site do programa e no YouTube, como esse e esse. “Senti a necessidade de dar esse repertório para que, quando eles tivessem que escrever a carta, sentissem a preocupação que temos em mantê-los na escola e entendessem os diversos motivos que levam algumas crianças a não frequentarem a escola”, explica a professora.
Além de escrever cartas, a meninada gravou depoimentos em vídeo para as crianças que estão fora da escola! “Alguns alunos que faltavam por qualquer coisa começaram a valorizar o tempo na escola, e as faltas diminuíram. Muitos reconheceram a importância da escola na vida deles, outros puderam aprender com as rodas de conversa”, comenta Suelen. Confira a seguir as cartas e dois vídeos com os depoimentos e uma parte da discussão em sala de aula.
Os alunos ainda prepararam uma surpresa: criaram um rap e um videoclipe em homenagem a TIM Faz Ciência! A ideia foi da própria turma, que convidou o 4º ano A da professora Bruna Cordero para participar. O clipe teve direito a coreografia, depoimentos e cenas dos bastidores. Olha só como ficou:
As palavras cruzadas do Desafio Nível 1 de “Definir” foram feitas em grupo e depois escritas na lousa. “Percebi que eles não se limitam mais à resposta da professora como sendo uma verdade absoluta. Eles possuem argumentos, questionam a resposta do amigo e já conseguem defender seu ponto de vista”, diz a professora. No desafio seguinte, as crianças deram explicações bem interessantes para as palavras “escuridão” e “liberdade”. Alguns disseram que a escuridão é grande, porque é maior do que eles mesmos, e que é triste, porque dá medo. Já a definição de “liberdade” que a turma mais gostou foi a da aluna Isabela: liberdade é fazer o que quiser, respeitando o espaço do outro.
Após terminar o Desafio Nível 2, os alunos começaram a preparar o dicionário de gírias, com um desafio da professora: perguntar aos pais, avós e conhecidos quais gírias eram usadas antigamente. Eles ficaram ansiosos para compartilhar suas descobertas e acharam muito bacana ver como as gírias e os significados das palavras mudam ao longo do tempo. Os dicionários feitos por cada grupo serão reunidos para formar uma versão online. “O objetivo é que todas as crianças da escola possam ter acesso ao dicionário e, quem sabe, acrescentar novas gírias”, conta Suelen.