Além de transformar a paisagem e servir de material para divertidos bonecos, a neve traz consigo pequenas obras de arte da natureza: os cristais de neve. São aqueles cristais bem delicados que parecem estrelas e que vemos em filmes, fotos ou desenhos. Quem já teve a chance de ver neve pessoalmente aqui no Brasil, principalmente em cidades da região Sul, deve estar imaginando por que nunca conseguiu encontrar esses cristais. É que a maioria deles é tão pequeninha, que precisa enxergar com um microscópio – e só então dá para perceber a beleza de cada um deles!
Quando a gente diz “cada um”, é justamente porque os cristais de neve são como as nossas impressões digitais: não há um igual ao outro. Os cientistas que se dedicam a pesquisar os cristais – sim, existem especialistas nisso! – já coletaram e estudaram inúmeros deles, todos diferentes entre si. Isso acontece porque cada um se desenvolve de uma forma própria, mesmo que a origem deles seja a mesma.
Os cristais de neve são formados quando uma nuvem (ou parte dela) fica com uma temperatura negativa, ou seja, abaixo de 0 °C. Nessas condições, o vapor de água que forma a nuvem é transformado diretamente em pequenos cristais de gelo. Tanto o trajeto dos cristais quanto a temperatura e a umidade da nuvem interferem no formato final deles, por isso são tão únicos. Quando vários cristais se misturam, viram aquele floco de neve fofinho.
Todos eles começam a se desenvolver a partir de uma figura de seis lados. Isso acontece porque os átomos de hidrogênio e oxigênio que dão origem às moléculas de água se conectam em uma estrutura de forma hexagonal (de seis lados). Depois, são as condições da nuvem e da atmosfera que vão moldar o formato final, que varia desde o mais conhecido, parecido com uma estrela, até as formas de agulhas, placas, colunas, triângulos, entre outros.
Em uma busca pela internet é fácil encontrar fotos dos mais diferentes cristais, feitas por fotógrafos ou cientistas. Além disso, existem vídeos que mostram a formação deles, reproduzida em laboratórios científicos. Abaixo você pode assistir a um desses vídeos e ver em uma velocidade reduzida cada pequeno detalhe sendo moldado a partir do vapor.
Crédito da foto em destaque: Yellowcloud (CC BY 2.0)
Muito interessante – publiquei no mural dos professores e aluno já que nossa feira científica estará sendo realizada dia 13 de junho de 2016.