Instituto TIM

Meninos podem sim brincar junto com as meninas!

19/08/2016

Existem situações bem comuns encontradas durante a observação do recreio, como lixo no chão, desperdício de alimentos, brigas, correria… Na EM Professor Herley Mehl, de Curitiba (PR), as crianças do 4º ano até perceberam algumas dessas questões, mas um problema em específico chamou a atenção da garotada. Em certas brincadeiras, os meninos não deixavam as meninas brincarem junto, e vice-versa. O motivo era que, na visão das crianças, existiam brincadeiras só para garotos e brincadeiras só para garotas.

“Eles já sabiam que isso acontecia, mas nunca tinham questionado antes. Apenas aceitavam”, explica a professora de ciências, Andréia Cristina Kucek. A discussão na turma foi intensa. “Tomei o cuidado de ver a que conclusão iriam chegar, sem interferir nas ideias deles”, disse Andréia. Os alunos usaram exemplos que veem na família e na comunidade para mostrar que meninos e meninas podem sim brincar juntos. Se as mulheres dirigem, por que garotas não podem brincar de carrinho? E homens também cuidam da casa e dos filhos, então não tem problema se garotos brincarem de casinha.

“Para minha surpresa, a discussão sobre o que mais afetava o recreio acabou numa discussão sobre feminismo, machismo, direitos iguais… Foi incrível”, relata a professora. A escola já tem um espaço destinado a brinquedos e brincadeiras durante o recreio. O objetivo do plano de ação das crianças era ajudar a garantir que todo mundo pudesse brincar junto, sem ser discriminado pelo gênero.

Eles montaram um roteiro coletivamente para orientar o que fazer quando presenciassem casos desse tipo no recreio. Todos deram ideias e dicas de abordagens e falas, incluindo a professora. O plano ficou assim: a cada dia, um grupo observava o recreio e ficava responsável por fazer uma intervenção quando houvesse esse problema. A abordagem também era feita em grupo e de forma pacífica – se a criança não gostasse da conversa, os alunos combinaram de não entrar em conflito e deixar para retomar o assunto em outro dia. Depois eles compartilharam os resultados em sala de aula.

O pessoal do 4º ano se preparou bem para conversar com os colegas, questionando o motivo pelo qual as brincadeiras eram consideradas de meninos e meninas e dando exemplos do dia a dia. “Um dos alunos lembrou até que os lutadores de boxe pulam corda durante seu treinamento, então pular corda também é coisa de homem”, conta Andréia. No final das contas, a maioria dos estudantes acabou pensando melhor sobre o assunto e mudou a postura: meninos e meninas começaram a brincar juntos, em qualquer brincadeira!

A professora percebeu que as atividades de TIM Faz Ciência fez com que as crianças ficassem mais questionadoras, interessadas e com um melhor aprendizado. “Sinto e vejo a cada dia que meus alunos estão se tornando curiosos e atentos. Trazem informações pertinentes para a sala de aula do que viram em um filme, documentário, revista ou mesmo algo que presenciaram em suas vidas cotidianas.” A turma completou os percursos “Observar” e “Verificar” e está realizando os desafios de “Classificar”. Andréia também está envolvendo as operações nas outras atividades de ciências, como a classificação dos tipos de solo.

6 Comentários

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    oi sou a Fernanda estou com a minha amiga Brenda gostei das atvidades do livro timfazciências

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  2. Avatar

    foi legal conhecer esse site do tim faz ciencia por que aprendi novas coisas! 🙂

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    • Equipe TIM Faz Ciência

      Que bom, Larissa! Continue sempre voltando aqui, esse espaço também é seu! 😉

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  3. Avatar

    Esse blog e um dos melhores eu aprendi muito sobre a natureza e também e bom para ler.

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    • Equipe TIM Faz Ciência

      Que bom que você pensa assim, João Paulo!
      Ficamos superfelizes! 🙂

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  4. Avatar

    Obrigada professores e alunos da EM Professor Herley Mehl, de Curitiba (PR) por compartilhar esta experiência bem sucedida com o TIMFAZCiência. Nós aqui da Escola Autran Nunes de Fortaleza (Ce) iremos seguir o exemplo de vocês.
    Um abraço do 5º A tarde.

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