O percurso “Verificar” levou a turma do 5º ano da EMEF José Ferreira da Costa, de Aquiraz (CE), a uma iniciativa muito bacana para ajudar um colega de sala! Tudo começou quando a professora Elisângela Oliveira Pereira mostrou um gráfico com as faltas dos alunos da sala. As crianças perceberam que a barrinha de um dos alunos estava bem maior que a dos outros, e decidiram verificar por que ele estava faltando tanto às aulas.
As hipóteses que a criançada levantou foram: ele tinha preguiça de acordar cedo; estava doente; não gostava da escola; perdia o ônibus e morava longe da escola. A melhor maneira de verificar essa questão era perguntar para o próprio colega – e foi assim que eles descobriram que todas as hipóteses estavam erradas! O garoto explicou que faltava porque sofria bullying de outro colega da sala, que o chamava de vários nomes e apelidos.
“Já havia percebido as faltas e levado essa questão para a direção da escola. Chamamos os pais dele para conversar, mas eles disseram que tudo o que o filho dizia era que não queria ir para a escola, não sabiam o motivo”, conta Elisângela. Para resolver a situação, as crianças fizeram uma roda de conversa com a sala toda para ouvir os dois meninos. “A turma levantou e discutiu muitas questões. Também perguntaram ao aluno que fazia o bullying o que ele acharia se isso fosse feito com ele”, diz a professora. A conversa deu tão certo, que os dois garotos fizeram as pazes e até já ficaram no mesmo grupo em trabalhos da escola! Além disso, o aluno voltou a frequentar a escola normalmente.
“Observar” também foi um percurso que causou mudanças na escola. Os meninos e meninas perceberam que o recreio tinha muitas brigas, então fizeram cartazes e convidaram as outras turmas para um recreio diferente. Eles organizaram brincadeiras, trouxeram brinquedos, elásticos, cordas, livros e construíram brinquedos de materiais recicláveis. O novo recreio fez sucesso entre as crianças da escola, e agora acontece uma vez por mês!
Agora a turma finalizou a etapa “Classificar”, e fez diversas classificações usando critérios subjetivos e objetivos em sala de aula. “Já que estávamos estudando a classificação das palavras, mostrei que um mesmo nome poderia ter classificações diferentes”, explicou Elisângela. A professora enviou exemplos de cartas que os alunos escreveram ao próprio corpo e de anúncios publicitários que criaram usando critérios de persuasão (veja abaixo). As crianças também deixaram recadinhos na seção “Fale, Estudante!”, aqui do site, que você pode conferir neste link.