As atividades realizadas fora da escola, como visitas a parques e museus, podem ser vistas como simples passeios para os alunos – e até para alguns professores. Mas esses momentos são uma parte importante do conteúdo que é passado em sala de aula, e precisam ser bem planejados para que todos aproveitem ao máximo. No ensino de ciências, as aulas externas são uma boa oportunidade para as crianças praticarem a investigação de fenômenos naturais.
“Tanto nas atividades de campo, realizadas em espaços com natureza, quanto em outras atividades extraclasse, os alunos têm a chance de entrar em contato com diferentes fenômenos e observar a dinâmica dos seres vivos”, explica Renato Diniz, professor do Departamento de Educação do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP). Os estudantes ficam bastante motivados, tanto pela convivência com a turma em um ambiente diferente quanto pelo contato direto com as coisas que só tinham ouvido falar na escola.
Segundo o professor, para que essas atividades alcancem todo o seu potencial, o trabalho começa já em sala de aula. Os professores devem preparar os alunos para a aula externa, conversando sobre o tema e alguns aspectos do que será visto no local. No dia da atividade, não vale só ficar olhando a paisagem! “Esse momento precisa ser interativo, com um roteiro de ações de observação, coleta de materiais, fotos e registros. O aluno tem que ser ativo em seu processo de aprendizagem”, reforça Renato. Tudo é finalizado com uma discussão entre a turma sobre essa experiência e seus resultados.
É um trabalho que precisa de tempo e planejamento pra ser feito, até mesmo para obter a autorização dos pais, organizar o transporte dos alunos, entre outros detalhes importantes. Por isso, alguns professores acabam deixando essa atividade de lado. Uma sugestão de Renato para incentivar o envolvimento da escola é incluir outras matérias na atividade. “Isso movimenta um maior número de professores na organização e é uma maneira de mostrar como os conteúdos de diferentes matérias podem estar integrados”, diz o professor.
As atividades extraclasse podem ser feitas tanto em ambientes nos arredores da escola, como praças e jardins, quanto em visitas a outros locais interessantes. Veja algumas sugestões que separamos neste link.
Confira aqui o artigo escrito pelo professor Renato Diniz e pela professora Alessandra Viveiro, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara (SP), sobre as atividades de campo no ensino de ciências e na educação ambiental.
São boas medidas como essas que fazem a grande diferença. Sair do seu mundinho em busca de outros.
Estamos curiosos(prof. e alunos),em descobertas que esse projeto poderá nos proporcionar.
A Equipe de TIM Faz Ciência também está curiosa para ver o que virá este ano, Nilza! 😉