Instituto TIM

O que aconteceu com os sapos de Massaranduba?

06/11/2015

Os alunos do 4º e 5º ano da EMEF Professora Araci Duarte, de Massaranduba (SC), receberam um desafio da professora Alires Jakobowski: observar em suas casas, ruas ou bairros algo que costumava existir, mas agora é mais difícil de encontrar. Entre as diversas coisas que a turma observou, uma delas chamou a atenção de todo mundo. Eles lembraram que antes havia mais sapos na cidade.

A partir daí a garotada começou um projeto sobre esse animal usando as operações intelectuais. O primeiro passo foi verificar se ainda havia sapos nos mesmos lugares em que eles eram encontrados antes: em ranchos, na lavanderia de casa, perto dos lagos e rios e em lugares úmidos. Eles encontraram algumas espécies e levaram para a escola em potes de vidro. Algumas eram de sapos mesmo, e outras, de rãs e pererecas.

Alires montou um aquário na sala de aula para colocar os bichinhos. E eles ficaram lá apenas para as crianças observarem e compararem as espécies – depois, foram levados de volta aos lugares onde foram encontrados. Mas a dúvida persistiu: por que será que diminuiu a quantidade de sapos em Massaranduba? As espécies maiores, conhecidas como sapos-boi, nem foram vistas pelos alunos.

As crianças levaram a questão aos pais e chegaram a duas hipóteses. A primeira foi que os animais foram contaminados pelos agrotóxicos que são usados nas lavouras. A segunda hipótese foi que os sapos foram atropelados, já que há mais carros na cidade. A professora convidou a engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Lilian Gonçalves, para ajudá-los a verificar. Lilian explicou que essa situação não estava relacionada nem com a primeira e nem com a segunda hipótese, e falou que a causa disso eram as mudanças no clima. A turma conferiu essa informação na internet e descobriu que as mudanças no meio ambiente causadas pelo desmatamento e pela poluição estão mesmo prejudicando os animais.

Os estudos continuaram com a classificação das espécies de sapos, rãs e pererecas. As perguntas que surgiram sobre esses animais foram pesquisadas e também serão respondidas em uma visita que Alires está organizando a um ranário, um lugar onde se criam rãs. Durante a pesquisa os alunos descobriram várias palavras novas e suas definições, como “pecilotérmicos”, que são os bichos que adaptam sua temperatura de acordo com o ambiente em que estão (sapos, rãs e pererecas são alguns exemplos); e “metamorfose”, que é uma transformação pela qual alguns animais passam (como os girinos, que depois viram sapos).

Em “Aplicar”, a turma reuniu as informações e criou um jogo no qual os participantes têm que completar uma história sobre os sapos colocando algumas das palavras novas nos lugares certos. A meninada começa agora a etapa “Generalizar”, e vai preparar uma apresentação sobre o projeto. E não para por aí: a professora ainda pretende organizar seminários em outras escolas públicas da cidade para que os alunos possam compartilhar sua pesquisa com outras crianças!

2 Comentários

  1. Avatar

    Eu gostei do material do tim faz cincencias ,por que tem atividade muito interessante e também gostei da história do rocobole.

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    • Equipe TIM Faz Ciência

      Ana Caroliny, em que percurso você está? O que você já aprendeu até agora com TIM Faz Ciência?

      Responder

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