Os alunos do 4º e 5º ano da EMEF Professora Araci Duarte, de Massaranduba (SC), receberam um desafio da professora Alires Jakobowski: observar em suas casas, ruas ou bairros algo que costumava existir, mas agora é mais difícil de encontrar. Entre as diversas coisas que a turma observou, uma delas chamou a atenção de todo mundo. Eles lembraram que antes havia mais sapos na cidade.
A partir daí a garotada começou um projeto sobre esse animal usando as operações intelectuais. O primeiro passo foi verificar se ainda havia sapos nos mesmos lugares em que eles eram encontrados antes: em ranchos, na lavanderia de casa, perto dos lagos e rios e em lugares úmidos. Eles encontraram algumas espécies e levaram para a escola em potes de vidro. Algumas eram de sapos mesmo, e outras, de rãs e pererecas.
Alires montou um aquário na sala de aula para colocar os bichinhos. E eles ficaram lá apenas para as crianças observarem e compararem as espécies – depois, foram levados de volta aos lugares onde foram encontrados. Mas a dúvida persistiu: por que será que diminuiu a quantidade de sapos em Massaranduba? As espécies maiores, conhecidas como sapos-boi, nem foram vistas pelos alunos.
As crianças levaram a questão aos pais e chegaram a duas hipóteses. A primeira foi que os animais foram contaminados pelos agrotóxicos que são usados nas lavouras. A segunda hipótese foi que os sapos foram atropelados, já que há mais carros na cidade. A professora convidou a engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Lilian Gonçalves, para ajudá-los a verificar. Lilian explicou que essa situação não estava relacionada nem com a primeira e nem com a segunda hipótese, e falou que a causa disso eram as mudanças no clima. A turma conferiu essa informação na internet e descobriu que as mudanças no meio ambiente causadas pelo desmatamento e pela poluição estão mesmo prejudicando os animais.
Os estudos continuaram com a classificação das espécies de sapos, rãs e pererecas. As perguntas que surgiram sobre esses animais foram pesquisadas e também serão respondidas em uma visita que Alires está organizando a um ranário, um lugar onde se criam rãs. Durante a pesquisa os alunos descobriram várias palavras novas e suas definições, como “pecilotérmicos”, que são os bichos que adaptam sua temperatura de acordo com o ambiente em que estão (sapos, rãs e pererecas são alguns exemplos); e “metamorfose”, que é uma transformação pela qual alguns animais passam (como os girinos, que depois viram sapos).
Em “Aplicar”, a turma reuniu as informações e criou um jogo no qual os participantes têm que completar uma história sobre os sapos colocando algumas das palavras novas nos lugares certos. A meninada começa agora a etapa “Generalizar”, e vai preparar uma apresentação sobre o projeto. E não para por aí: a professora ainda pretende organizar seminários em outras escolas públicas da cidade para que os alunos possam compartilhar sua pesquisa com outras crianças!
Eu gostei do material do tim faz cincencias ,por que tem atividade muito interessante e também gostei da história do rocobole.
Ana Caroliny, em que percurso você está? O que você já aprendeu até agora com TIM Faz Ciência?