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Buracos negros: um mistério a ser desvendado

17/06/2016

Os buracos negros são uma das coisas mais intrigantes que há no universo. Por mais que existam teorias bem aceitas sobre eles, a cada dia surgem outras que questionam e batem de frente com tudo o que pensamos saber. Um dos estudiosos mais famosos dos buracos negros, o físico inglês Stephen Hawking, já deixou um monte de cientistas de cabelo em pé ao divulgar teorias que vão contra conceitos que ele mesmo tinha sugerido no passado. A verdade é que ainda estamos longe de ter certezas sobre o que são essas regiões no espaço – para começar, nem conseguimos vê-las.

A gravidade dos buracos negros é tão forte, que nem a luz consegue sair de dentro deles, mesmo tendo a maior velocidade conhecida no universo. Os cientistas só conseguem saber de sua existência quando observam um comportamento diferente em estrelas, planetas, gases e outras coisas que acabam cruzando o caminho de um buraco negro. Acredita-se que existam três tipos deles: os primordiais, que surgiram junto com o início do universo e são menores que um átomo; os estelares, que podem ter até 20 vezes mais do que a massa do Sol; e os supermassivos, que equivalem a mais de 1 milhão de Sóis juntos.

A maioria dos buracos negros é resultado da fase de supernova de uma grande estrela. O material que sobra da explosão da estrela vai se contraindo, contraindo… Até que fica extremamente compacto, mantendo sua massa original. O Sol não poderia virar um buraco negro por ser pequeno demais, mas se pudesse, ficaria com um tamanho de cerca de 6 km e com a mesma massa de antes. E tanta massa ocupando um espaço bem compacto gera um campo de gravidade enorme! É por isso que nada escapa de um buraco negro: se um objeto cruzar o horizonte de eventos, que é a fronteira entre o espaço e o campo de gravidade do buraco negro, ele será sugado, destruído e nunca mais visto.

Ou não. Como falamos no início, existem as mais diversas teorias sobre o buraco negro, como a que o objeto seria lançado de volta ao espaço, mesmo que em forma de partículas minúsculas. Há ainda quem diz que assim que um objeto atinge o horizonte de eventos, ele é queimado e destruído na hora, ao invés de ser sugado. Outros afirmam que o objeto seria absorvido pelo buraco negro e viraria um holograma no horizonte de eventos, como se tivesse sua imagem congelada para sempre. Também há aqueles que acreditam que o buraco negro pode ser uma passagem para outros universos além do nosso.

É difícil pesquisar uma região que não dá para ser vista no espaço e é quase impossível de detectar. Não dá nem para saber quantos buracos negros existem no universo. Só na Via Láctea, acredita-se que pode ter de milhões a bilhões, inclusive o supermassivo Sagittarius A*, que fica bem no centro e tem 4 milhões de vezes a massa do Sol. A detecção de ondas gravitacionais, que foi anunciada pela primeira vez em fevereiro e novamente neste mês, pode ser um novo caminho para descobrir mais sobre eles, já que é uma forma de estudar o que não é visível no universo. Mas, por enquanto, o buraco negro continua sendo um grande mistério.

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