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As abelhas estão sumindo – e nós precisamos delas!

As abelhas estão sumindo – e nós precisamos delas!

Muitas pessoas pensam nas abelhas como animais incômodos. Elas podem picar, ficar em cima de nossas comidas, fazer aquele zumbido desagradável… Mas a verdade é que a natureza não seria a mesma sem esses insetos. As abelhas são as principais polinizadoras no mundo animal – ou seja, ajudam a espalhar o pólen das plantas para que elas consigam se reproduzir. Essa função, porém, está sendo prejudicada por um motivo bastante sério: a quantidade de abelhas no mundo está diminuindo. Esse é um assunto que já está sendo estudado há alguns anos, mas um relatório divulgado em fevereiro reforçou a preocupação. A Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) alertou que se não protegermos os animais polinizadores do risco de extinção, podemos ter consequências bem negativas no meio ambiente, na produção de alimentos e em outras áreas. Para você ter uma ideia, esses bichos contribuem para a reprodução de cerca de 90% das plantas silvestres e de mais de 75% das principais lavouras de alimentos. Além das mais de 20 mil espécies de abelhas, algumas espécies de moscas, borboletas, besouros, pássaros, morcegos e outros animais também são polinizadoras. Livro reúne histórias de espécies brasileiras ameaçadas de extinção A queda no número de animais polinizadores é bem acentuada entre as abelhas: colônias inteiras já desapareceram em diversos lugares do mundo. Os casos mais graves aconteceram nos Estados Unidos e na Europa, onde a população de abelhas diminuiu 40% e 50% nos últimos anos, respectivamente. No Brasil houve casos de colônias extintas registrados em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Há muitos motivos para isso, como o uso de agrotóxicos nas plantações, as mudanças climáticas, a destruição de seus habitats e o ataque de parasitas. Os cientistas estão pesquisando e sugerindo soluções para esse grande problema. Um mundo sem abelhas e outros polinizadores seria um mundo com menos diversidade de plantas e, consequentemente, com menos espécies de animais que dependem dessas plantas. A variedade e quantidade de alimentos que temos à nossa disposição nunca mais seria a mesma. Por isso, dê um crédito às abelhas – por mais que elas possam incomodar de vez em quando, o mundo fica bem melhor com a presença delas!   Saiba mais: – Agência FAPESP – Época – Instituto Humanitas...

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Alunos surdos também podem aprender ciência

Alunos surdos também podem aprender ciência

Quem já estudou com um colega surdo ou tem um aluno com essa deficiência, já deve ter percebido que é preciso um cuidado especial para que ele consiga compreender o conteúdo e participar das aulas. A linguagem é o principal obstáculo – além de não escutar, os surdos têm muita dificuldade para ler e escrever. Afinal, conseguimos falar as primeiras palavras ao escutar as pessoas, e depois aprendemos a escrevê-las a partir de seus sons. Se a linguagem já requer uma grande atenção, como os alunos surdos fazem para aprender ciência? De 2010 a 2015 a professora Ana Claudia Flores organizou as atividades do Espaço de Ciências do 1º segmento do Ensino Fundamental (EspCie1) no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro (RJ). Ela trabalhou com alunos do 5º ano com surdez severa ou profunda, que se comunicavam por meio de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Não teve aulas teóricas, apenas experimentais. “Colocamos um tema e, a partir dos questionamentos, levamos os alunos a pesquisar sobre suas dúvidas e interesses. Nós apenas disponibilizamos o material, mas eram eles quem investigavam”, explica Ana Claudia. No final, eles faziam uma apresentação para outras turmas do INES. Também eram realizadas atividades que envolviam a observação, a colaboração, a interpretação de resultados, entre outras habilidades. “O trabalho foi além das expectativas. Pensávamos em alcançar o conteúdo daquele ano escolar, mas os alunos ultrapassaram esse conhecimento”, conta a professora. Para Ana Claudia, esse tipo de aprendizagem, chamada de aprendizagem ativa, é indicada para qualquer criança, não apenas as surdas. “É essencial que a criança possa olhar, questionar, não ter respostas prontas. Os professores têm que ver o que elas gostam de fazer, o que querem descobrir.” Além disso, os estudantes visitaram lugares como museus, planetários e parques, o que a professora considera muito importante para fazer conexões com o que viram em sala de aula. Saiba mais sobre a experiência com os alunos do 5º ano do INES neste artigo publicado por Ana Claudia e mais duas professoras (começa na página 35). Projeto Surdos A iniciativa do EspCie1 surgiu no Projeto Surdos, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde 2005 o projeto oferece cursos na área de biociências para alunos surdos do Ensino Médio, que saibam Libras ou não. Os cursos também são totalmente práticos e incluem um grupo de alunos ouvintes, que participam igualmente com os colegas surdos. “Os alunos utilizam o método científico para verificar suas hipóteses, aprendem a dialogar entre eles e aprendem vendo, entendendo, com um enorme aumento da autoestima ao verificar que sozinhos chegaram à resposta, sendo surdos ou ouvintes”, diz a professora Vivian Rumjanek, uma das responsáveis pelo projeto. Não é fácil encontrar materiais adaptados para surdos, e muito menos intérpretes especializados em ciência. Por isso, uma das iniciativas do projeto é criar materiais científicos voltados a esse público. Um deles é o Glossário Científico em Libras: são vídeos com a tradução e a explicação de termos científicos. Vivian conta que a ideia surgiu ao perceber que os próprios alunos estavam desenvolvendo sinais para as palavras que não existiam em Libras. E no caso das escolas regulares, o que os professores podem fazer além de organizar atividades práticas? Se a criança tiver surdez profunda, é necessária a presença de...

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O que é preciso para se tornar um astrônomo?

O que é preciso para se tornar um astrônomo?

Na primeira matéria aqui do site com a astrônoma Duilia de Mello, ela destacou a supernova SN1997D e as bolhas azuis como duas de suas principais descobertas. Mas ao contrário do que muita gente pensa, as descobertas na área de astronomia não acontecem com frequência. É a pesquisa que toma a maior parte do dia a dia do astrônomo. “Passo muito tempo na frente do computador analisando resultados das pesquisas e escrevendo artigos. Quando os resultados dos projetos começam a sair, tenho também que dar palestras em congressos, por isso viajo bastante”, conta a Mulher das Estrelas. Como a astronomia é uma área da física, é preciso gostar muito de matemática e de ciências para seguir essa profissão. “Não aconselho aos estudantes que não gostam dessas matérias a seguir a astronomia como carreira, mas sim a continuar a curtir a astronomia como um astrônomo amador”, recomenda Duilia. Ela diz que essa área está em fase de crescimento no país e que muitos astrônomos também escolhem seguir para áreas como ensino ou ciência da computação. Para trabalhar em universidades ou institutos de pesquisa é preciso se dedicar bastante aos estudos, com cursos de mestrado e doutorado. Grande parte da formação de Duilia foi feita no país, inclusive seu doutorado. “Eu sou muito grata ao Brasil pelo investimento feito na minha educação”, ressalta. Por isso ela colabora com astrônomos brasileiros e está sempre se atualizando com o que acontece por aqui. A astrônoma também sente muito orgulho dos estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras que já orientou e que seguiram com sucesso em sua carreira. “Acho muito importante continuarmos investindo nos jovens brasileiros, pois são eles que transformarão o Brasil.”     E não é só com jovens que Duilia costuma manter contato. Pessoas de todas as idades enviam mensagens em sua página no Facebook. “Recebo mensagens de todos os tipos, desde crianças e jovens que querem conselhos sobre a carreira até pessoas que têm novas teorias e que acham que descobriram algo incrível.” Muitas crianças até duvidam que é a própria Duilia que responde a elas! A mensagem mais legal que ela já recebeu foi de um adolescente que ficou muito emocionado ao saber que estava conversando com ela. “Ele disse que falar comigo era como falar com o Batman. Nunca pensei que um dia seria comparada com o Batman!”, brinca. Acostumada a receber tantas dúvidas, a astrônoma escreveu um livro para falar de sua trajetória e responder a várias perguntas sobre sua profissão, chamado “Vivendo nas estrelas”. No ano passado ela lançou seu segundo livro, desta vez voltado para crianças. “As aventuras de Pedro, uma pedra espacial” foi inspirado na coleção de 14 meteoritos de Duilia. Seu favorito, que caiu em Uruaçu (GO), deu origem ao personagem principal do livro. O meteorito Pedro conta tudo que aconteceu quando caiu do espaço para a Terra e compartilha histórias de seus amigos Peter, Ping e Pedrita. O livro está disponível gratuitamente neste link. Duilia ainda deixou um recado especial para as crianças que sonham em ser astrônomas: “Aconselho a todas as crianças a seguirem os seus sonhos. Não importa se o sonho é ser astrônomo, paleontólogo, músico ou médico. O que importa é buscar dentro de si mesmo as forças para realizar os sonhos. Não existe um caminho fácil a...

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Uma conversa com a Mulher das Estrelas

Uma conversa com a Mulher das Estrelas

Quando Duilia de Mello resolveu fazer o vestibular para Astronomia, no começo da década de 1980, sua família ficou com um pé atrás. Como eles tinham dificuldades financeiras e não conheciam muito bem essa carreira, tiveram receio de que era uma escolha errada. Sua mãe até a levou ao Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para que ela entendesse melhor o que era o curso. “Foi lá que eu falei ‘pronto, é isso mesmo’”, conta Duilia, que até hoje se dedica à profissão e ficou conhecida como Mulher das Estrelas. Esse apelido representa bem a paixão de Duilia pela astronomia. Hoje ela trabalha com projetos na NASA, a agência espacial norte-americana, e é professora na Universidade Católica da América, nos Estados Unidos. E mesmo morando em outro país, está sempre ligada ao Brasil, seja dando palestras, orientando estudantes do programa Ciência sem Fronteiras ou acompanhando e divulgando novidades da astronomia em sua página no Facebook. Duilia conversou com a gente para contar um pouco de sua história e do dia a dia da profissão. O fascínio da astrônoma pelo céu vem desde pequena. “Minha amiga de infância, Fátima, fala que eu a deixava de pescoço duro vendo as nuvens durante o dia e as estrelas durante a noite”, brinca. Ela sempre foi muito curiosa e estudiosa, mas o que realmente aumentou sua vontade de ser astrônoma foi ver as imagens dos planetas feitas pelas sondas Voyager e Pioneer, da NASA. “Eu queria entender como isso era possível e, um dia, fazer parte das equipes responsáveis por estas imagens incríveis”, diz.   Duilia e uma miniatura do novo telescópio espacial James Webb   Muitos anos depois, esse sonho foi realizado! Duilia se dedicou aos estudos e à pesquisa no Brasil e no exterior, e em 2003 se tornou pesquisadora associada da NASA, onde trabalha com imagens do telescópio Hubble. “Estamos analisando galáxias que se parecem com a Via Láctea quando ela estava em formação, há 10 bilhões de anos”, explica. Dentre as descobertas mais marcantes de toda a sua carreira estão a supernova (uma estrela em fase de explosão) SN1997D e as bolhas azuis, que são estrelas quentes, jovens e com muita massa que nascem do lado de fora de duas galáxias em colisão. As bolhas azuis já viraram tema de artigos científicos e teses de mestrado e doutorado e ainda devem render mais novidades. Compartilhar esse conhecimento é outra paixão de Duilia. Além de ser professora universitária, ela está criando a Associação Mulher das Estrelas (AME), que irá organizar diversas ações para divulgar a astronomia e a ciência para crianças e jovens brasileiros. “Existe muita preocupação da família quando os jovens dizem que querem seguir carreiras que não sejam as tradicionais. O nosso projeto vai tentar mudar isso. Nós queremos mostrar para todos que basta seguir o talento para que o sucesso venha”. Enquanto isso, a própria Mulher das Estrelas visita escolas, faculdades e outras instituições aqui no país para dar palestras. Entre tantas coisas que já conquistou em sua profissão, Duilia deve realizar mais um sonho daqui a alguns anos. “Meu sonho atual é ver o lançamento do novo telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018, e depois ver as primeiras imagens produzidas por ele. Vai ser só alegria”, comenta. Acompanhe...

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Reações químicas: a ciência das transformações

Reações químicas: a ciência das transformações

Em alguns experimentos que fazemos na escola, conseguimos perceber que duas ou mais substâncias juntas podem virar uma outra substância bem diferente. Os alunos do 5º ano da EM Antônio Mendes, de Fortaleza (CE), viram essa transformação na prática quando a professora Glória Hamelak mostrou três experiências com substâncias que mudavam de cor e uma tinta que deixou de ser invisível (veja as fotos aqui e os experimentos no final da matéria). O que pareceu ser um truque de mágica, foi pura ciência – ou melhor, reações químicas. Lembra quando a gente falou sobre nanociência, que os átomos (aquelas partículas que compõem todas as coisas) de uma mesma substância podem se posicionar de maneiras diferentes e formar diversos materiais? As reações químicas acontecem quando os átomos de duas ou mais substâncias se misturam, e a forma como eles se organizam dá origem a uma nova substância. Para você ter uma ideia do quão surpreendente podem ser essas transformações, dá só uma olhada no vídeo abaixo. O apresentador do canal de vídeos Manual do Mundo, Iberê Thenório, faz experiências incríveis e explica o que acontece em cada uma.   IMPORTANTE: Essas experiências foram feitas por um adulto especialista no assunto. As crianças não devem tentar repeti-las.   E não é só dessa mistura que acontecem as reações químicas. Há outros tipos de reações, e no vídeo a seguir, do programa “O Mundo de Beakman”, você vai conhecer três deles. A síntese é o tipo de reação que nós explicamos anteriormente. Na decomposição, os átomos de uma substância são separados para formar duas novas substâncias. Já as reações de dupla troca (que no vídeo são chamadas de “deslocamento duplo”) acontecem quando duas substâncias compostas por mais de um elemento – como o sal, que é formado por cloro e sódio – se misturam e trocam de elementos, gerando outras substâncias. Parece confuso? O apresentador Beakman dá exemplos e explica esses três tipos de forma bem divertida.     Até agora falamos muito de experiências, e parece até que as reações químicas são coisas de laboratório. Mas elas acontecem a todo momento! A digestão é um exemplo, já que os alimentos são transformados em nutrientes para o nosso corpo. A fotossíntese, os fogos de artifício, acender o gás do fogão, a respiração, o tratamento da água, a ação do fermento químico no bolo e tantas outras coisas também são reações químicas. Como bem disse o francês Antoine Lavoisier, considerado o pai da química moderna: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Experimentos da professora Glória Hamelak 1. Transformando vinho em ouro Em um tubo de ensaio limpo, misture 10 gotas de ácido cítrico e 2 gotas de permanganato de potássio. Eles vão formar uma substância cor de vinho. Depois, acrescente 2 gotas de iodeto de potássio. No mesmo instante, a substância fica amarela como o ouro. 2. Tirando leite de pedra Misture em um tubo de ensaio limpo 20 gotas de água, 5 gotas de nitrato de prata e 2 gotas de carbonato de sódio. O resultado é uma substância marrom, parecida com terra. Ao adicionar lentamente 10 gotas de hexacianoferrato de potássio, ela fica branquinha que nem leite. 3. A tinta invisível Molhe a ponta de um palito de dente no hexacianoferrato de potássio e utilize para...

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Entenda o que são as famosas ondas gravitacionais

Entenda o que são as famosas ondas gravitacionais

Cientistas do mundo todo estão comemorando uma das maiores descobertas científicas dos últimos anos. Representantes do Laboratório LIGO, nos Estados Unidos, anunciaram no dia 11 de fevereiro que conseguiram detectar ondas gravitacionais. Mas o que são essas ondas e por que elas são tão importantes? Vamos explicar tudo a seguir para você ficar por dentro deste grande avanço na ciência! O físico alemão Albert Einstein foi a primeira pessoa a sugerir que existiam as ondas gravitacionais, há cerca de 100 anos. A gente já falou por aqui de uma de suas mais famosas teorias, a Teoria da Relatividade Geral, que explica a gravidade como distorções no espaço-tempo – é como se o universo fosse formado por um grande tecido que pode se curvar com a presença de corpos celestes (planetas, estrelas, buracos negros, entre outros). A partir dessa teoria, Einstein também disse que quando dois corpos interagem, eles provocam ondas gravitacionais. Quando a gente joga uma pedra na água, isso causa várias ondinhas ao redor de onde ela caiu, não é mesmo? As ondas gravitacionais se comportam dessa mesma maneira, causando ondulações no espaço-tempo (veja uma simulação no vídeo abaixo, a partir de 0:31). E, assim como as ondas da água, quanto mais distantes de sua origem, mais fracas elas vão se tornando. Como o universo tem distâncias gigantescas, as ondas que conseguem alcançar a Terra chegam aqui muito, mas muito fracas, bem menores do que um átomo! Por isso ninguém nunca havia conseguido comprovar a teoria de Einstein.     Até que em setembro do ano passado os dois observatórios do Laboratório LIGO detectaram ondas gravitacionais causadas pela fusão de dois buracos negros. Para você ter uma ideia da nossa distância até eles, esse fenômeno aconteceu há 1,3 bilhão de anos, e só agora essas ondas chegaram aqui. A energia liberada no segundo em que os buracos negros se chocaram foi tão grande, que foi 50 vezes maior do que a energia de todas as estrelas do universo juntas! Os observatórios LIGO têm uma estrutura enorme para conseguir detectar ondas gravitacionais. Eles usam lasers e espelhos especiais que podem captar o minúsculo movimento causado por esse fenômeno. Mesmo assim os cientistas analisaram durante meses o resultado das primeiras ondas detectadas para ter certeza de que a teoria estava correta. Depois do anúncio oficial, o mundo da ciência ficou ansioso por todas as descobertas que podem ser feitas com a detecção e o estudo das ondas gravitacionais. É que tudo o que sabemos sobre o universo até agora foi baseado no que é possível observar a partir de ondas eletromagnéticas, como a luz ou a radiação infravermelha. Com as ondas gravitacionais, os cientistas têm uma outra maneira de estudar o que não é visível no espaço: buracos negros, objetos distantes, estrelas de nêutrons… A ciência ganhou um novo olhar para entender o universo – e quem sabe até desvendar mais detalhes sobre a sua origem!   Escute como seriam as ondas gravitacionais detectadas se fossem traduzidas em sons.   Saiba mais: – Ciência Hoje – Jornal Nacional – Rede Globo – Estadão Créditos: – Foto em destaque: SXS – Vídeo “Journey of a Gravitational Wave”: LIGO/SXS/R. Hurt and T. Pyle – Vídeo “The Sound of Two Black Holes Colliding”:...

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Formas invisíveis de comunicação entre as plantas

Formas invisíveis de comunicação entre as plantas

Quando a gente observa as plantas, parece até que elas são completamente independentes umas das outras. Ficam paradinhas, recebendo luz do Sol e nutrientes, liberando oxigênio… Mas, assim como os animais, as plantas têm jeitos de se comunicar entre si, mesmo que estejam a metros de distância. Essa comunicação – que não conseguimos ver nem ouvir – ajuda as espécies em sua sobrevivência. Uma das formas que elas têm de se comunicar é por debaixo da terra, através de uma rede de fungos ligados às suas raízes. Além de trocar nutrientes com as plantas, os fungos funcionam como se fossem uma internet da natureza, conectando raízes de diferentes espécies. As plantas podem usar essa rede para trocar nutrientes ou para enviar sinais de perigo às suas vizinhas, para que elas possam tentar se proteger. Ao mesmo tempo, há espécies que utilizam a rede para “roubar” nutrientes de outras espécies, como algumas orquídeas. Fungos: saiba mais sobre os cogumelos e veja fotos de espécies muito interessantes As plantas também conseguem se comunicar pelo ar para se defender de predadores. Ao ser atacada, uma planta libera no ar substâncias que são percebidas por outras plantas ao seu redor. Assim, elas conseguem reagir e preparar algum mecanismo de defesa. E tem mais: essas substâncias também são uma forma das plantas se comunicarem com insetos para diferentes objetivos. Um deles é atrair insetos que podem ajudar a combater pragas e outros tipos de ameaça. Ainda há muitos estudos a serem feitos sobre a comunicação entre plantas, especialmente para saber com mais detalhes como isso acontece. Há também outras pesquisas que sugerem que algumas espécies têm memória, podem reconhecer e ajudar espécies da mesma família (ou atrapalhar espécies de outras famílias), conseguem identificar sons, entre outras habilidades. Todas essas teorias ainda passarão por muitos testes, mas já dá para perceber que as plantas são capazes de fazer muito mais coisas do que imaginamos. Saiba mais: – BBC –...

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Grandes cidades escondidas debaixo da terra

Grandes cidades escondidas debaixo da terra

Durante escavações e pesquisas em campo, os arqueólogos podem encontrar objetos que ajudam a recontar a história das civilizações. E às vezes eles descobrem muito mais do que um objeto: cidades inteiras debaixo da terra já foram encontradas! E não estamos exagerando quando falamos em “cidades”. Uma das mais famosas cidades subterrâneas, chamada Derinkuyu, que fica na Turquia, é tão grande que caberiam cerca de 20 mil pessoas em seus 18 andares. Derinkuyu é só uma das mais de 200 cidades e vilas subterrâneas encontradas na região da Capadócia – os pesquisadores acreditam que existem centenas ainda desconhecidas por lá. Uma das descobertas mais recentes deixou os arqueólogos surpresos. É uma cidade que está começando a ser explorada, mas parece ser maior que Derinkuyu e tem ruínas de 5 mil anos atrás. Ela foi descoberta por acaso, quando um grupo de trabalhadores que estava demolindo casas se deparou com entradas que davam para uma rede de túneis e salas. Conheça mais sobre o trabalho do arqueólogo Já foram encontradas cidades subterrâneas antigas em outros lugares do mundo, como na Itália e em Israel. Um dos principais motivos que levaram os povos a construir esses locais foi para se esconder e se proteger de guerras e invasões. Há também muitas igrejas e templos escondidos no subsolo, onde as pessoas de religiões que eram consideradas proibidas conseguiam se reunir. As cidades podiam ter poços de água, sistemas de ventilação, estoques de alimentos, estábulos, comércio, quartos, banheiros, escolas, entre outros espaços. Imagina só o quanto pode ser descoberto sobre as civilizações antigas ao percorrer esses túneis! Em um dos episódios do programa “Cidades Ocultas”, do canal History, o apresentador Don Wildman foi até a Capadócia para conhecer algumas cidades subterrâneas. Além de apresentar a história desses locais, ele também explicou por que as rochas da região são mais fáceis de serem escavadas. Vamos dar uma pista: tudo começou com vulcões há milhões de anos.     Curiosidade: Não existem só construções antigas debaixo da terra. Na cidade australiana de Coober Pedy, por exemplo, 80% dos moradores vivem em casas construídas abaixo do solo, onde não faz tanto calor quanto na superfície. Em Montreal, no Canadá, é o contrário: uma opção para fugir do frio é passear pelos 32 quilômetros de túneis subterrâneos, com hotéis, shoppings, restaurantes, museus e muito mais. E você, conseguiria viver abaixo da terra?   Créditos da foto em destaque: Bjørn Christian Tørrissen (CC BY-SA...

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Carl Sagan: o universo mais perto de nós

Carl Sagan: o universo mais perto de nós

“Nós somos feitos de poeira de estrelas.” Essa é uma das frases mais conhecidas do astrônomo norte-americano Carl Sagan, um cientista que até hoje inspira muitas pessoas ao redor do mundo (conheça o significado da frase nesta matéria). Até o fim de sua vida, em 1996, Carl não só contribuiu – e muito! – para os estudos sobre o universo, como também para que a ciência estivesse ao alcance de qualquer pessoa, seja cientista ou não. Suas falas, como a do começo deste texto, misturavam ciência, poesia e filosofia para que todos entendessem e se encantassem com o universo, assim como aconteceu com ele mesmo – que foi um grande apaixonado pelo tema. Carl lançou livros, artigos e participou de programas de TV. Mas o que realmente o tornou muito popular foi a minissérie de TV “Cosmos”, que foi exibida aqui no Brasil em 1982. Ela foi pioneira em explicar a ciência de forma simples, e por isso fez muito sucesso em dezenas de países. Os 13 episódios convidam o público a embarcar em uma viagem para conhecer os planetas do Sistema Solar, as estrelas, as galáxias, as origens da vida na Terra, entre outros assuntos. Dá para encontrar todos os episódios de “Cosmos” no YouTube em versões em português – o primeiro capítulo você pode assistir abaixo.     Além de divulgar a ciência ao grande público, Carl se dedicou a desvendar os mistérios do universo. Ele foi professor e pesquisador em grandes universidades dos Estados Unidos e colaborou com a NASA, a agência espacial norte-americana, em diversas missões, incluindo as que levaram o homem até a Lua. Foi o astrônomo quem deu a ideia de gravar os discos que estão nas sondas Voyager, com informações da Terra para os extraterrestres (saiba mais aqui). Aliás, foi uma imagem da Terra tirada pela sonda Voyager I logo depois que ela passou por Saturno que inspirou o cientista a escrever um de seus livros, chamado “Pálido ponto azul”. A imagem mostra a Terra como um pontinho no meio do espaço. E ao mesmo tempo em que Carl lembra como somos pequenos perto da imensidão que é o universo, ele reforça a mensagem de que devemos respeitar uns aos outros e cuidar do único planeta que conhecemos como nosso lar. Confira um trecho desse livro narrado pelo próprio Carl Sagan.     Um fato bem interessante é que Carl admitiu que já teve dificuldade para entender alguns conceitos da ciência, e justamente essa dificuldade o ajudou a encontrar maneiras mais simples de explicá-los. “Algumas coisas que os alunos mais brilhantes foram capazes de ver instantaneamente eu tive que trabalhar para entender. Consigo lembrar o que tive que fazer para descobri-las. As pessoas muito brilhantes descobrem tão rápido, que nunca conseguem ver a mecânica do entendimento”, escreveu o cientista em suas anotações pessoais. O curta-metragem “Poeira das Estrelas” foi inspirado na vida de Carl, com episódios de sua infância e trechos de suas falas, e mostra sua curiosidade pelo universo desde criança. Para ativar as legendas em português, clique no botão “CC” na barra inferior.     Curiosidade: Em 2014 foi lançada uma nova versão da minissérie “Cosmos” – infelizmente, não dá para encontrar no YouTube. O apresentador foi o astrofísico Neil deGrasse Tyson, que tem Carl Sagan como uma de suas...

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Um final mais do que feliz em Florianópolis

Um final mais do que feliz em Florianópolis

No ano passado, os alunos do 5º ano da EB Maria Tomázia Coelho, de Florianópolis (SC), se uniram a uma campanha da comunidade da Praia do Santinho para pedir a criação de um parque municipal (saiba mais aqui e aqui). As operações intelectuais de TIM Faz Ciência estiveram presentes em todas as ações da turma, que foram coordenadas pela professora Ednéia Patrícia Dias. E bem no final do ano eles receberam uma ótima notícia: a criação do parque foi aprovada! A Câmara dos Vereadores de Florianópolis aprovou por unanimidade o projeto de lei no dia 22 de dezembro – ou seja, todos os vereadores apoiaram o pedido da comunidade. Agora é a Prefeitura que dará os próximos passos para a criação do Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho, adaptando toda a área para que ela se torne uma unidade de conservação. Os alunos de Ednéia já estavam de férias quando o projeto foi aprovado, mas ela tem certeza que todos ficaram muito contentes! “É a primeira experiência que os alunos tiveram de ser agentes da transformação. Eles participaram desde o começo e ficaram muito satisfeitos em fazer parte dessa história, é algo que marcará a vida deles”, disse a professora. Formatura de TFC E para encerrar as atividades feitas pela turma, Ednéia organizou uma formatura de TIM Faz Ciência e do projeto “Qual é o futuro que queremos?”, que envolveu a campanha pelo parque. Ela explicou aos pais e convidados o que é TFC e as sete operações intelectuais, além de relacioná-las às ações feitas pelas crianças durante o projeto. Junto com a supervisora escolar Cláudia Ferraz, a professora entregou um certificado e uma camiseta de TFC a cada aluno e sorteou estojos entre a garotada. Foi um momento de muita alegria para...

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