Instituto TIM

Turma do Ceará monta clube para discutir ciência

13/07/2016

A professora Marília Ariela começou uma iniciativa muito bacana com alunos do 5º ano A da EM Quintino Cunha, de Fortaleza (CE): um clube de ciências! A ideia surgiu a partir de uma aula em que Marília explicou o surgimento do universo e a teoria do Big Bang. Desde então, a turma começou a fazer um monte de questionamentos sobre o espaço, e a professora sugeriu que eles pesquisassem respostas e apresentassem aos colegas nas aulas seguintes. Mas a garotada é tão curiosa, que esse momento acabou tomando muito tempo das aulas. O clube de ciências foi a solução que Marília encontrou para oferecer um espaço em que as crianças pudessem questionar, pesquisar e discutir à vontade temas relacionados à ciência.

Foram realizadas duas reuniões do clube até agora, já que a escola entrou em férias. Os encontros acontecem toda segunda-feira após a aula durante uma hora. O clube teve a adesão de 12 alunos do 5º ano A, mas a professora espera que mais estudantes da turma se juntem no próximo semestre. “Nunca tive experiência com um clube de ciências, então fomos construindo as regras juntos”, diz Marília. Os pequenos criaram um símbolo e um mascote para o clube, e são eles que decidem o tema das discussões a partir de seus questionamentos. “Eu coordeno, mas deixo que eles façam parte como protagonistas, fazendo pesquisas e levando conhecimento aos colegas.”

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A turma já completou os percursos “Observar” e “Questionar” de TIM Faz Ciência, e as operações intelectuais são a base para o método utilizado no clube de ciências, especialmente “Questionar”. “Usamos as operações para nortear nossas conversas, e cada vez mais eles estão interessados na ciência”, conta a professora. E não é só os alunos que estão aprendendo não! Marília passou a pesquisar sobre diversos assuntos para contribuir com as discussões dos alunos e comprou um livro de física básica para ficar ainda mais por dentro do tema. “Às vezes eles fazem perguntas que eu não sei a resposta, então eu descubro junto com eles.”

Um exemplo foi quando a aluna Estephane trouxe um circuito de indução eletromagnética (o mesmo fenômeno que faz os motores elétricos funcionarem) para mostrar aos colegas. A própria estudante encontrou o modelo na internet e construiu com seu pai, utilizando materiais como ímãs e bateria. Marília logo pesquisou sobre magnetismo para acompanhar os questionamentos das crianças. Além de trazer pesquisas e materiais, os alunos também estão levantando hipóteses e discutindo questões mais avançadas, falando de temas sobre os quais nem os cientistas chegaram a uma conclusão – como a expansão do universo.

“Quando os alunos entendem que a ciência é algo real e que eles podem fazer parte disso, eles começam a vê-la de uma forma diferente”, afirma a professora. Por enquanto, o clube ainda está sendo construído junto com o pessoal do 5º ano A, mas Marília espera que ele possa ser ampliado no futuro e virar um projeto da escola – quem sabe até levar à construção de um laboratório de ciências, que ainda não tem por lá.

A professora também realizou as atividades de TFC em 2015 com outra turma do 5º ano. “TIM Faz Ciência abriu muitos horizontes para mim e para as crianças. Antes a sala era cheia de alunos que queriam ser jogadores de futebol. Depois comecei a ouvir que alguns queriam ser cientistas, professores, astronautas… Não há problema algum em ser jogador de futebol, mas agora eles têm novas possibilidades”, explica. Veja a seguir um vídeo que Marília gravou com a explicação de dois alunos do 5º ano A sobre as operações “Observar” e “Questionar”.

 

 

Confira também um vídeo em que a aluna Mariana, secretária do Clube de Ciências, lê a ata de uma das reuniões e apresenta os componentes do clube.

 

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