Chegamos à última parte da série de matérias sobre como fazer pesquisas! Começamos pelas perguntas e falamos sobre a busca por respostas. Agora é hora de saber qual das informações encontradas é a correta.
O caminho para isso é desenvolver um pensamento crítico. Isso significa prestar bastante atenção em todos os detalhes dos textos e das fontes para saber se eles são confiáveis – ou, no caso de perguntas em que não há uma resposta pronta, ler todos os pontos de vista para chegar à nossa própria conclusão. “É bom que isso aconteça na escola, para que os alunos vejam que há muitas respostas, mas nem tudo é verdade”, afirma o doutor em Física Cesar Nunes. Ele lembra que até mesmo na ciência há inúmeras respostas que eram dadas como certas e foram revistas ao longo do tempo. “Colocar em questão, desconfiar, é parte inerente da ciência. Precisa ter essas mudanças de paradigmas”, diz.
A pedagoga Lilian Faversani reforça que o apoio do professor nesse momento é muito importante. “É uma questão de análise textual. O professor pode ajudar o aluno a identificar qual é a resposta certa, a diferenciar uma opinião de um fato”, explica. Outra coisa bacana é fazer uma discussão em conjunto com a turma, em que um pode ajudar o outro a analisar os resultados. Também é preciso usar o bom senso para saber se os sites pesquisados são confiáveis ou até seguros. “Se o site pedir informações pessoais, mude na hora”, alerta Lilian.
Podemos ficar atentos a alguns aspectos na hora de analisar os resultados da pesquisa (as crianças podem pedir ajuda a um adulto para verificar essas questões):
– Sites relacionados a universidades e publicações respeitadas – jornais, revistas, portais de notícias, enciclopédias, entre outros – costumam ser boas referências.
– Também é legal consultar bibliotecas virtuais ou sites que reúnem materiais online. A gente já deu alguns exemplos por aqui, como o YouTube Edu, a Univesp TV, o e-Aulas (USP) e alguns portais com artigos, vídeos e materiais.
– Preste atenção na data de publicação tanto de livros quanto de textos na internet. Se o texto foi escrito há muito tempo, pode ter informações desatualizadas.
– Veja todos os argumentos usados pelo autor. Se ele for um especialista no assunto ou citar outras fontes, pesquisas e pontos de vistas diferentes, é um bom sinal de que as informações são confiáveis.
– Muitos erros de português mostram que o autor não é tão cuidadoso com o texto que fez, e pode não ser muito confiável.
Lilian também indica alguns sites bem bacanas que as crianças podem acessar para suas pesquisas: Ciência Hoje das Crianças, Universidade das Crianças, Como Tudo Funciona e CiênciaMão. E quanto à famosa Wikipedia? Para Lilian, esse site tem muitas informações incorretas, e não é recomendável que as crianças pesquisem por lá. Já Cesar acredita que a forma como as informações da Wikipedia são construídas, com a colaboração e revisão dos usuários, é muito interessante para os alunos perceberem que todos podem gerar informação. Mas também precisa ter um olhar crítico para saber o que está certo e o que está errado por lá. Uma dica é ver se no final do texto tem as referências usadas e ir atrás dessas fontes originais.
Esperamos que vocês tenham gostado da nossa série e aproveitem as sugestões em suas próximas pesquisas! Para se aprofundar mais no assunto, confira também essas matérias da Nova Escola, do UOL Educação e da Época.
Eu aluna do quarto ano estou adorando esse projeto Tim faz ciências ,cada vez mais agente fica atualizad…
Que bom que você pensa assim, Ana Cristina! Você já fez muitas pesquisas em TIM Faz Ciência? Conte um pouco do que você tem aprendido em sala de aula!
Não consigo taxa abressta com meus alunos me ajuda