Instituto TIM

Escolas e alunos unidos para mudar o recreio

03/12/2015

Quando os alunos se juntam para melhorar o recreio, podem acontecer resultados incríveis, como muitos que já publicamos em nossos canais. Algumas vezes, as ideias das crianças contagiam até mesmo outras pessoas da escola, que se mobilizam para ajudar! Esse é o caso das duas turmas que você verá a seguir. As equipes da direção das escolas gostaram tanto das sugestões para o recreio, que fizeram questão de contribuir com a garotada.

 

EMEIEF Cidade de Takasaki – Santo André (SP)

Na EMEIEF Cidade de Takasaki não havia um horário para o recreio, só para a merenda e para o lanche. E o pessoal do 4º ano percebeu que a maioria das crianças aproveitava o horário da merenda para brincar. Quando os grupos se reuniram em sala de aula, discutiram bastante suas hipóteses iniciais e observações, e chegaram à conclusão de que poderia haver um horário para o recreio com opções de brincadeiras, jogos e um cantinho de leitura.

O próximo passo foi levar essa ideia para a direção! Dois alunos da turma que fazem parte do Conselho Mirim conversaram com a equipe da direção, professores e o Conselho da Escola. E não é que funcionou? Os professores organizaram seus horários para que cada turma tivesse seu momento de recreio. A direção comprou mesas de pingue-pongue e pebolim, corda, pista de carrinhos, jogo de botão e outros brinquedos, além de disponibilizar livros em um cantinho de leitura. “Foi uma mudança muito bem-vinda. Esse momento de divertimento superou as expectativas de todo o corpo docente da escola”, disse a professora Marcela Garcia Carlos.

Em “Observar”, os alunos ainda fizeram uma pesquisa sobre invenções que ajudaram a solucionar dificuldades e encontraram exemplos bem bacanas, como a penicilina (um tipo de antibiótico), o lápis e o computador. Para explicar a avaliação por rubricas, Marcela teve a ajuda da vice-diretora Leila Arroyo, e agora a meninada tem mais facilidade para completá-la. Eles também fizeram os desafios de “Verificar” e estão finalizando “Classificar”, com as cartas para o próprio corpo. Marcela relatou que os trabalhos em grupo foram um grande aprendizado para as crianças e que elas participaram bastante nas discussões das atividades.

EMEB Lopes Trovão – São Bernardo do Campo (SP)

Já na EMEB Lopes Trovão existia o horário de recreio, mas as crianças do 4º ano observaram vários problemas: não havia muitas opções de brincadeiras, tinha muita correria, alguns alunos não respeitavam as regras e desobedeciam aos educadores, entre outras coisas. A professora Wilma de Holanda Cupertino organizou uma assembleia na sala em que um grupo deveria defender o recreio como era, e o outro, um novo recreio. Foi assim que eles chegaram ao plano de ação para melhorar o intervalo!

Representantes da turma e a professora levaram as propostas para o Conselho Mirim, para a reunião da Associação de Pais e Mestres e para uma reunião entre professores e a direção da escola. As sugestões eram que diminuísse a correria, que não tivesse mais os jogos de futebol e basquete, que causavam brigas e eram rotineiros, e que houvesse novos brinquedos. Os alunos também fizeram cartazes e um jornalzinho para falar das mudanças no recreio e o que cada um poderia fazer para ajudar. Quando eles voltaram das férias, o recreio estava de cara nova! A direção comprou um monte de brinquedos novos, como piscina de bolinhas, cama elástica, jogo de videogame de dança, jogos de tabuleiro e futebol de botão. A correria e as brigas diminuíram e as crianças se divertem muito com as novas brincadeiras!

2 Comentários

  1. Avatar

    Interessante todas as sugestões.O nosso problema é a falta de interesse da gestão em adquirir brinquedos. Até a música no pátio que foi sugestão dos alunos não houve interesse!

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      Muito legal todas as sugestões . Enquanto a falta de parceria com as nossas atividades, eu sei muito bem o que é isso Sandra. Eu também enfrento obstáculos todo dia. Na acolhida e no recreio. Um dia é o microfone que não funciona. Outro dia a caixa de som está trancada, tem dia que acham melhor não ter acolhida. E os brinquedos que as crianças construiram com tampas e garrafas pet as vezes ficam indisponíveis por não saberem onde se encontra a chave da sala de multiuso. As vezes perde-se tanto tempo que o recreio fica só um pouquinho e ai eu entro no confronto exigindo o tempo perdido. A escola tem só um corredor para as crianças brincarem e muitas vezes eu conquisto o espaço na escola vizinha e levo os alunos da minha turma pra lá, após a aula, para extravasarem com bola e atividades de correr, Pois os meus alunos no recreio viram monitores orientando as atividades do recreio e quase não brincam. O difícil é encontrar um educador que queira fazer isso, quando tem acontece os empecilhos. O importante é que a gente não desista de inovar e aceitar essas sugestões praticando sempre e exigindo as parcerias…

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