Há 47 anos, durante a missão Apollo 13, três astronautas norte-americanos deram uma volta ao redor da Lua e atingiram a maior distância da Terra já alcançada por seres humanos. Desde então, houve inúmeros avanços na exploração espacial, inclusive o lançamento de uma sonda que está viajando fora do Sistema Solar. Mas nenhum deles levou um ser humano tão longe quanto os cerca de 400 mil km da Terra alcançados em 1970. Essa situação tem tudo para mudar em menos de duas décadas: o desafio agora é levar astronautas a Marte no início da década de 2030.
Há vários estudos e testes sendo feitos para descobrir tanto como transportar os astronautas em segurança quanto como fazer com que eles consigam sobreviver no planeta vermelho. As condições para essa jornada não são nada fáceis: uma viagem até nosso planeta vizinho dura sete meses, a temperatura média de lá é -63 °C e não há oxigênio em sua atmosfera. Enquanto cientistas e engenheiros quebram a cabeça para encontrar soluções para esses e outros problemas, há vários estudos sobre Marte sendo feitos em parceria entre agências espaciais pelo mundo a partir de informações coletadas por veículos espaciais enviados ao planeta, como o jipe-robô Curiosity.
A NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, é a única agência espacial do mundo que tem um plano já divulgado para uma missão tripulada a Marte. Existem também empresas e iniciativas privadas que se juntaram a essa corrida. Uma delas é a Mars One, que fez uma seleção mundial de candidatos a formar a primeira colônia de seres humanos no planeta vermelho (sem chance de retorno à Terra) – a professora universitária Sandra da Silva, de Porto Velho (RO), está entre os 100 selecionados que podem ocupar as 24 vagas. Porém, muitos cientistas acreditam que a Mars One não tem condições de realizar esse feito em 2031, ano calculado pela iniciativa para a decolagem do primeiro grupo de tripulantes.
Já o plano da NASA é dividido em três etapas. A primeira, chamada “Dependente da Terra”, já começou e envolve pesquisas com tecnologias, sistemas de comunicação e vida no espaço por longos períodos realizadas a bordo da Estação Espacial Internacional. A etapa “Campo de testes” está prevista para iniciar no próximo ano e durar até 2030. Serão feitos os primeiros testes de lançamento do foguete Space Launch System e da nave Orion, que devem ser utilizados nas viagens a Marte. Neste momento, eles serão lançados a uma distância de milhares de quilômetros depois da Lua – já quebrando o recorde da Apollo 13. Um grupo de astronautas viverá por um ano nessa distância para testar as condições de sobrevivência.
Outra missão importante dessa etapa será a de coletar uma grande rocha de um asteroide e colocá-la na órbita da Lua. Quando estiver em órbita, astronautas irão coletar amostras da rocha e levá-las para a Terra. Esse processo também servirá como teste de tecnologias e procedimentos necessários para a viagem a Marte. Então, no início da década de 2030, a NASA espera iniciar a etapa “Independente da Terra”, na qual finalmente enviará os primeiros astronautas para a órbita de Marte. Lá eles farão estudos e testes para saber o que é preciso para pousar em segurança e explorar o planeta pessoalmente.
Será que em menos de 20 anos veremos essa grande conquista? Nos vídeos abaixo, confira duas animações feitas pela NASA que simulam momentos da segunda etapa: o lançamento, passagem em torno da Lua e retorno à Terra do foguete Space Launch System e da nave Orion e a coleta da rocha de um asteroide.
Explêndido. Sabemos perfeitamente que em uma simulação tudo ocorre bem, entretanto, eu tenho certeza de que no futuro, todo o sistema solar fará parte de uma comunidade mantida por humanos. É logico, haverá modificações na aparencia criadas talves pela diferença de gravidade, mas os descendentes dos seres humanos serão também humanos. Meu nome é Roulien, sou brasileiro, astronomo amador, escritor de ficção cientifica, e adoro o céu noturno. Sou pesquisador, e sinto por estar impedido de participar desta aventura. Parabens a Tim, por esta iniciativa, Até mais, e obrigado pela oportunidade.