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Muitas perguntas e debates em “Questionar”

Muitas perguntas e debates em “Questionar”

Na EMEF Professora Amélia Rodrigues de Oliveira, de São Paulo (SP), a professora do 4º ano Mislene Pereira escolheu começar as atividades de TIM Faz Ciência pelo percurso “Questionar”. “A pergunta é o início de tudo, e a diferença entre perguntar e questionar veio a calhar para os outros trabalhos da turma”, diz a professora. A criançada gostou tanto dessa operação, que montou uma lista de questões para pesquisar e discutir na sala! Tudo começou com a parte 3 do Desafio Nível 2, na qual os alunos deveriam imaginar quais perguntas o rei poderia ter feito a si mesmo na história “Até o Rei!”. Várias sugestões foram levantadas: “Por que eu demorei tanto para tomar uma decisão?”, “Quem ficará no meu lugar?” e “Quando voltarei para o meu reino?” foram algumas delas. As crianças aproveitaram o embalo e pensaram em muitas perguntas que gostariam de saber a resposta. Mislene reuniu todas e formou uma lista com mais de 30 questões! Veja quais foram aqui. As perguntas foram separadas por temas, e a turma criou hipóteses para cada uma. Para as questões que têm uma resposta pronta, como “Quem inventou o primeiro videogame?” e “Do que os ossos são feitos?”, os estudantes pesquisam em livros trazidos por Mislene ou na internet. E para as perguntas que não têm uma resposta definida, a meninada organiza um grande debate. Mislene conta que a questão que mais gerou discussão até agora foi “Onde está Deus?”. É uma pergunta bem delicada, porque as pessoas têm crenças diferentes e todas devem ser respeitadas. Mas isso não foi um problema na sala do 4º ano! “As crianças mais religiosas deram a explicação de acordo com suas crenças, mas respeitaram bem as dúvidas e crenças dos colegas. Falamos sobre Deus na visão de qualquer religião”, relata. No meio da discussão, mais questionamentos surgiram: “E se for uma deusa?”, “E se existirem deuses?”, “Por que Deus não aparece?”. A professora aproveitou o debate para apresentar as diferenças entre as teorias de criacionismo e evolução, que explicam o nosso surgimento, e ainda pretende organizar uma atividade sobre os deuses da mitologia. Outra surpresa bacana é que os alunos já estão craques na avaliação por rubricas! Eles começaram a preenchê-la antes mesmo de começar os desafios, e retomam a cada atividade completada. “Eu já pedia para eles se autoavaliarem, perguntando que nota se dariam a cada bimestre. Mas eles nunca haviam feito uma avaliação em que voltassem para conferir o quanto evoluíram”, explica Mislene. “Eles pensam mesmo se estão em cada nível e são mais exigentes do que esperávamos. Os colegas também opinam para ajudar”, diz. O pessoal se divertiu com os jogos de bola do Desafio Nível 1 e está terminando a etapa com as cartinhas para as crianças que estão fora da...

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Conheça Marte pelas lentes do jipe-robô Curiosity

Conheça Marte pelas lentes do jipe-robô Curiosity

Ainda não foi possível levar nenhum ser humano a Marte, um de nossos planetas vizinhos no Sistema Solar. Mas já conseguimos saber diversos aspectos do planeta vermelho por meio de fotos e estudos feitos por sondas, robôs e veículos espaciais enviados até lá. A primeira foto que mostra Marte de pertinho foi tirada em 1965 pelo veículo espacial Mariner 4 (veja abaixo). Depois de 50 anos, as imagens ficaram cada vez melhores! Olha só algumas das fotos tiradas pelas 17 câmeras do jipe-robô Curiosity, que explora o planeta desde 2012.   Primeira foto aproximada de Marte, de 1965 – Créditos: Cortesia NASA/JPL-Caltech   Este slideshow necessita de JavaScript.   São imagens tão boas, que a gente consegue até imaginar como seria caminhar pela superfície de Marte! Além das fotografias, os veículos espaciais enviados para lá coletam amostras do solo e das rochas e analisam como são formados e do que são feitos. Todas as informações são enviadas para a Terra e captadas por antenas enormes da NASA, a agência espacial dos Estados Unidos. No caso de Curiosity, sua missão era saber se o planeta já teve condições de abrigar micróbios. O jipe-robô descobriu regiões onde poderia haver água líquida e encontrou alguns elementos essenciais para a vida: oxigênio, carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. Isso significa que existe sim a chance de que micróbios tenham vivido em Marte há muito tempo. O próximo passo das missões com veículos espaciais no planeta vermelho é procurar por sinais de vida. Para nós, humanos, chegar até lá é um desafio ainda maior! Muitas pesquisas estão sendo realizadas para que um dia isso possa acontecer – e mesmo se for possível, seria só daqui a 10 ou até 15 anos. É que Marte é um planeta difícil para se viver: não tem oxigênio na atmosfera, é repleto de rochas, vulcões e crateras e tem um clima muito, mas muito frio, com uma temperatura média de -63°C. Além disso, sua gravidade e níveis de radiação são bem diferentes da Terra. E para ir e voltar de lá? Essa é outra grande questão que precisa ser resolvida pelos cientistas e engenheiros. Afinal, encarar uma viagem de sete meses (só de ida!) para um lugar tão distante da Terra envolve muitos desafios. Enquanto não conseguimos explorar Marte pessoalmente, a NASA lançou duas ferramentas online para que todos possam conhecer mais detalhes do planeta. Infelizmente as informações estão em inglês, mas dá para tentar pelo menos ver as imagens. No site Experience Curiosity, você pode movimentar o jipe-robô para se aventurar por diferentes paisagens de Marte, usando o mouse e as setas do teclado. Já o Mars Trek é um mapa do planeta que dá para visualizar em 2D ou 3D. É preciso usar o mouse para se aproximar e se movimentar pelas regiões do...

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Novos olhares sobre o recreio com a fotografia

Novos olhares sobre o recreio com a fotografia

O que podemos fazer para observar o recreio? Usar os cinco sentidos, conversar com alunos, professores e funcionários, anotar as impressões no Caderno do Estudante e compartilhá-las com os colegas. Na EMEF Antenor Nascentes, de São Paulo (SP), as turmas do 4º ano colocaram um ingrediente a mais na atividade: a fotografia! As professoras Eliane Cruz Araújo de Sá e Suelena Anunciação dos Santos sugeriram aos alunos que trouxessem câmeras ou celulares para registrar o que acontece nos três intervalos da escola, que reúnem turmas diferentes. A ideia era que os alunos das outras salas também pudessem ver o que foi observado pelo pessoal do 4º ano. As hipóteses iniciais das crianças foram bem simples. Elas disseram que tem gente que corre, toma um lanche, brinca, alguns brigam… Com as câmeras e celulares em mãos, perceberam que havia muitas outras coisas que nem haviam imaginado! Veja abaixo alguns dos registros feitos pela garotada. “Eles descobriram que tem alunos que leem, ficam sentados sozinhos, fazem uma roda de conversa e que as brigas são o principal problema do recreio”, conta Eliane. As fotos tiradas pelas turmas foram impressas para que todos pudessem observar as situações registradas por cada grupo. As crianças também fizeram desenhos representando essas situações e ilustrando algumas sugestões para melhorar os intervalos. As fotografias e desenhos receberam legendas e foram colocados em um grande mural na escola, junto com as propostas para o recreio. O mais legal foi que estudantes de todas as turmas puderam se observar nas fotos tiradas pelo 4º ano. “Isso causa um impacto nas crianças, porque muitos não têm a visão do que fazem. Elas ainda puderam refletir sobre as brigas, que também foram registradas”, explica Eliane. A primeira ação para melhorar o recreio foi resolver um dos principais motivos de briga: o uso dos balanços. Havia um grupo de crianças que usava mais, e não deixava os outros brincarem. Alguns alunos foram escolhidos para conversar com esse grupo e tentar resolver a situação de forma pacífica. E não é que deu certo? A meninada também pensou em outras propostas: organizar espaços com atividades diferentes, como leitura, jogos e brincadeiras; eleger monitores para orientar os colegas e guardar os jogos; ter música e dança; e criar um acordo com todas as salas para o uso dos balanços. Neste semestre, eles vão escrever uma carta coletiva à direção da escola pedindo a compra de alguns jogos e a liberação do equipamento de som nos intervalos, além de conversar com as outras turmas sobre as sugestões. As professoras disseram que as crianças trabalharam muito bem em grupos! “Os alunos aprenderam a dividir tarefas e trabalhar em equipe, observar o espaço em que estão envolvidos, encontrar os problemas e apontar, ou pelo menos pensar e discutir possíveis soluções”, diz...

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Nanociência: tecnologia e arte com o invisível

Nanociência: tecnologia e arte com o invisível

Existe uma área da ciência dedicada a estudar materiais bem, mas bem pequeninhos. Não dá nem para enxergá-los sem a ajuda de equipamentos muito potentes! É a nanociência, que pesquisa objetos em escala nanométrica. Ou seja, eles são tão pequenos, que não são nem medidos em centímetros ou milímetros, e sim em nanômetros. Para você ter uma ideia do que isso significa, a espessura de um fio de cabelo mede em torno de 80 mil a 100 mil nanômetros! E para que serve estudar materiais tão minúsculos? Para um montão de coisas importantes, desde a fabricação de remédios até de materiais usados em foguetes. Sabe aquelas roupas de tecido impermeável, que não deixam entrar água? Também são feitas com a nanotecnologia! Para entender como ela funciona, temos que lembrar que todas as coisas são compostas por partículas chamadas átomos, que são menores que 1 nanômetro. E dependendo de como esses átomos estão formados, os materiais podem ter diferentes características. Por exemplo: os átomos de carbono podem dar origem a um material frágil como a grafite do lápis e, ao mesmo tempo, a outro muito resistente como o diamante. O que os cientistas que trabalham com a nanotecnologia fazem é observar como os átomos se comportam quando estão em diferentes estruturas, para depois conseguir manipulá-los (é como se os átomos fossem tijolinhos sendo montados de formas diferentes). É assim que eles conseguem criar produtos inovadores, como bicicletas mais leves, embalagens que conservam os alimentos por mais tempo ou um verniz que não deixa o carro ter um arranhão. Além de inventar coisas novas, os cientistas também usam a nanotecnologia para fazer arte! As imagens de materiais nanométricos que eles capturam com seus equipamentos mostram formas muito bonitas e curiosas, que são registradas em preto e branco. Os cientistas deixam as fotos coloridas usando o computador para formar verdadeiras obras de arte. O livro “Nanoarte: a arte de fazer arte” tem mais de 80 fotografias desse tipo, feitas pelos técnicos e pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As legendas mostram tanto o nome do material quanto o nome artístico pensado pelo cientista, inspirado nos formatos de cada um. Há alguns que lembram facilmente uma colmeia, um cavalo-marinhos, bolas de tênis… Em outros, os autores soltaram a imaginação e deram nomes divertidos como “Dança dos Robôs” e “Espaguetes Encantados”. O livro é gratuito e pode ser solicitado por e-mail ao professor Elson Longo, que coordenou a produção. O e-mail é elson.liec@gmail.com. Também dá para conferir o livro online neste link. Veja abaixo algumas das fotos.   Este slideshow necessita de JavaScript. Créditos das imagens: Rorivaldo Camargo e Ricardo Tranquilin   Saiba mais: – Ciência Hoje das Crianças – Matéria de Capa – TV Cultura – Revista Unesp...

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Hipóteses sobre peso, volume e caroço de abacate

Hipóteses sobre peso, volume e caroço de abacate

No Facebook de TIM Faz Ciência, mostramos a turma de aceleração da EM Julia Cortines, de Niterói (RJ), verificando suas hipóteses sobre como é o abacate. A partir dessa experiência, os alunos e a professora Luciene Morais Bressand montaram um plano de ação para observar o desenvolvimento do caroço dessa fruta. É que as crianças perceberam que na escola não tem nenhuma árvore frutífera, e seria muito bacana plantar um pé de abacate! Luciene colocou o caroço em um copo com água e o deixou na sala de aula, coberto com uma daquelas redinhas usadas para proteger bolos. A sala toda começou a levantar muitas dúvidas e hipóteses: “Será que não vai apodrecer na água?”; “Temos que colocar água todo dia?”; “Não tem que colocar terra?”; “Acho que vai dar bichinho…”. A turma combinou de não mexer no copo e apenas observar o que iria acontecer com o caroço durante a semana. “Conversamos sobre a importância de observar o que cada um estava questionando, pois nenhuma dúvida era ‘bobagem’. Todas as hipóteses são diferentes e interessantes, e devem ser respeitadas”, disse a professora. Na semana seguinte, Luciene teve uma surpresa: os alunos trouxeram mais caroços de abacate para plantar em potes com terra! Eles aproveitaram para comparar as formas, tamanhos e aspectos dos caroços antes de plantá-los, e agora estão observando o que acontece com eles na água e na terra. A criançada adorou a história “O estranho caso do rocambole de cinco voltas”, de “Verificar”. “Foi um sucesso, com risadas, olhares de surpresa, comentários e sugestões ao narrador”, conta Luciene. Durante a discussão, os alunos relacionaram a história com programas de investigação que costumam assistir, como “Scooby-Doo” e “CSI Investigação Criminal”. A professora aproveitou a operação em um assunto da aula de matemática: unidades de medida de massa e capacidade. A turma analisou diferentes embalagens de alimentos e bebidas para verificar o peso, o volume, a data de validade e as informações nutricionais. Luciene também convidou o pessoal a criar hipóteses sobre quais alimentos eram mais pesados e mais leves, verificando com a ajuda de uma balança. E qual era o peso de cada criança? Todo mundo quis subir na balança para verificar também. Até a professora e o pai de um aluno que chegou no momento da atividade tiveram seus pesos medidos! No final, a turma conversou sobre as invenções que ajudam a medir diferentes grandezas, como a balança, a fita métrica e o...

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Observar nuvens para entender a atmosfera

Observar nuvens para entender a atmosfera

Quem nunca se deitou na grama e ficou olhando para o céu para achar figuras nas nuvens? Para algumas pessoas essa atividade tão relaxante é um simples passatempo de férias, mas, para outras, observar as nuvens é coisa séria. Afinal, as nuvens podem nos dizer muito sobre o que está acontecendo na atmosfera – aquela camada de gases que fica ao redor do planeta e que possibilita que haja vida na Terra. Aliás, você sabe o que são nuvens? Quando a água dos rios, mares e lagos evapora por causa do calor do Sol, ela fica mais leve que o ar e sobe para a atmosfera, onde as temperaturas são mais frias. Nessas regiões, o vapor volta a se transformar em gotinhas bem pequenas de água ou em cristais de gelo, que formam as nuvens. Dependendo de como são as suas formações, conseguimos saber se vai chover, se o tempo ficará seco, se vai esfriar… E nem precisa decorar um montão de características das nuvens para diferenciá-las na hora de observar. Existem apenas 10 tipos – todos com nomes em latim. A meteorologista Samantha Martins explica com detalhes em seu blog Meteorópole como é cada tipo e o que eles significam na atmosfera. A figura abaixo ilustra a aparência e a altura em que eles ficam.   Créditos da ilustração: Valentin de Bruyn / Coton (Wikimedia Commons)   Também é bacana assistir à matéria abaixo do programa Repórter Eco, da TV Cultura, para entender mais sobre o assunto. O entrevistado da reportagem é o geólogo e professor de astronomia Paulo Varella, que dá aulas de observação de nuvens. Para ele, essa atividade é uma maneira de resgatar o contato com a natureza.     Sem contar que a observação de nuvens permite que a gente solte a imaginação! É muito divertido olhar os formatos de cada uma e imaginar com o que se parecem. Dá até para registrá-las em fotos ou desenhos, feitos em diferentes dias – um dia mais nublado, um dia de sol de rachar, um dia com poucas nuvens, um dia com muitas… E que tal fazer um diário ou um blog registrando essa observação?   Curiosidade: Tem muita gente que compartilha seus registros de nuvens na internet. Inclusive, há um grupo de pessoas de diversos países – incluindo o Brasil – dedicadas a isso: a Sociedade de Apreciação de Nuvens, que tem mais de 38 mil membros! A página do grupo no Facebook é escrita em inglês, mas vale a pena curtir para ver as fotos incríveis enviadas pelos...

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Ações para mudar o futuro da comunidade

Ações para mudar o futuro da comunidade

Há alguns meses, falamos aqui no site da atividade de observação que o 5º ano da EB Maria Tomázia Coelho fez para participar de uma mobilização dos moradores da Praia do Santinho, em Florianópolis (SC). Os moradores se organizaram em um grupo chamado “Eu Sou Jacaré Poiô” e começaram uma grande campanha para transformar a região da Lagoa do Jacaré e das Dunas do Santinho, que fica bem perto da escola, em um parque municipal. E os alunos da professora Ednéia Patrícia Dias continuaram bastante envolvidos com essa causa! A observação da região levou a turma a pensar em quais ações poderiam ser feitas para melhorar a situação do local. Eles já tinham criado uma planilha sobre a vegetação da área para ajudar no relatório que foi entregue ao prefeito de Florianópolis, Cezar Souza Junior. A ideia seguinte foi montar uma instalação artística na Mostra Pedagógica da escola, em 11 de julho, para que estudantes, pais e outros visitantes pensassem na pergunta “Qual é o futuro que queremos?”. As crianças montaram uma cidade de mentirinha dentro da sala de aula, cheia de prédios e poluição – tudo o que elas não querem que aconteça na região. Depois que os visitantes caminhavam pela sala, os alunos questionavam o que eles tinham achado de uma cidade assim e o que poderiam fazer para que o futuro fosse diferente. “A instalação é o resultado de uma série de questionamentos levantados no Caderno do Estudante de TIM Faz Ciência, que os levou a traçar um roteiro de ações concretas para que a nossa realidade possa ser transformada”, disse a professora. Ela está finalizando a etapa “Observar” com a garotada. A turma também está acompanhando o andamento da campanha, que está perto de ter um final feliz. A escola foi o local de uma audiência pública para explicar o projeto de criação do parque à comunidade – todo mundo apoiou a causa! Além disso, o prefeito aceitou a proposta e a transformou em um projeto de lei no dia 1º de julho. Agora, falta só a aprovação dos vereadores da cidade para que a área se torne uma unidade de...

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Fazendo arte com as operações intelectuais

Fazendo arte com as operações intelectuais

Professoras do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul organizaram atividades que misturam as operações intelectuais com arte! Uma das turmas criou filmes de animação, e a outra desenhou um grande painel a partir de observações de imagens históricas. Olha só como tudo aconteceu. Depois de fazer um curso de animação digital, as professoras Márcia Cristina Silva de Olivetti e Glaucia Dorcelina dos Santos Souza juntaram suas turmas de aceleração da EM Noronha Santos, de Niterói (RJ), para produzir filmes de animação! As operações “Observar” e “Aplicar” foram usadas durante toda a atividade. Primeiro, elas exibiram o desenho “A fuga das galinhas” e pediram para as crianças levantarem hipóteses de como ele foi feito. Todos acharam que era pelo computador, e ficaram surpresos ao descobrir que tudo era de massinha. A garotada assistiu a mais animações e pesquisou sobre a produção de cada uma. Depois, foi a hora de aplicar tudo o que foi observado. Em grupos, os pequenos criaram histórias (algumas delas foram inspiradas nas histórias do material didático), montaram os personagens e cenários e fotografaram para fazer os vídeos. Foram quatro tipos de animação: com massinha, com LEGO, com desenhos e com as próprias crianças como personagens, em uma técnica chamada “pixilation”. Todos os aspectos das animações (que você pode conferir abaixo), como enredo, título e trilha sonora, foram escolhidos pelos próprios estudantes. As professoras exibiram os filmes no dia 26 de junho na Semana de Inclusão Digital, um evento promovido pela Fundação Municipal de Educação e pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Niterói. Além das fotos dos bastidores, Márcia e Glaucia também enviaram fotos dos alunos escrevendo a carta ao próprio corpo, como a da aluna Jamilly.     O pessoal do 5º ano da EMEF Migrantes, de Porto Alegre (RS), está estudando as missões jesuíticas, povoados criados por padres jesuítas para catequizar os índios nos séculos XVII e XVIII. A professora Ana Helena Souza Birnfeld propôs que as crianças observassem imagens das missões, criassem hipóteses sobre que fatos elas representavam e verificassem em textos. Com a ajuda da professora de artes Maria de Fátima Dantas, a turma montou um grande móbile feito com barbante e vários pedacinhos de papel pendurados. De um lado do papel, tinha uma imagem das missões, e o do outro o texto que explicava a imagem. Depois, os alunos observaram como eram os povoados e fizeram um grande desenho para...

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Invenções que podem ajudar o planeta: animais

Invenções que podem ajudar o planeta: animais

Em outra matéria do site, citamos algumas invenções que estão sendo criadas com a intenção de deixar nosso planeta melhor, especialmente em relação à água. Nesta matéria fizemos mais uma seleção de invenções interessantes, mas desta vez são ideias para ajudar a preservar os animais!   Uma máquina que doa ração em troca de garrafas A empresa turca Pugedon criou e instalou máquinas em Istambul para ajudar a matar a fome e a sede de cães e gatos de rua – só nessa cidade eles são mais de 100 mil. De quebra, a invenção ainda incentiva a reciclagem. É que a máquina libera ração para os bichinhos toda vez que alguém coloca uma garrafa plástica nela. E se houver um restinho de água na garrafa, você pode despejar em outro compartimento para que os animais possam bebê-la também. Não há custo nenhum, porque a empresa usa o valor que ganha com as garrafas recicladas para comprar mais ração. Assista ao vídeo abaixo para ver como funciona.     Pontes para dar mais segurança aos animais Essa não é uma criação tão recente, nem um equipamento. Mas é um tipo de construção que existe em diversos países e ajuda milhares de animais a não serem atropelados em estradas. São os ecodutos, também conhecidos como pontes verdes ou pontes vivas. Eles são construídos em estradas cercadas por florestas para evitar que os bichos atravessem no meio dos carros. Para isso, as pontes têm uma característica especial: elas imitam o ambiente ao redor, com chão de terra e vegetação, tudo para atrair os animais e fazer com que eles atravessem com segurança.   Ecoduto em uma rodovia na Holanda – Créditos: Apdency/Wikimedia Commons   Leões e gados a salvo com sistema de luzes Quando tinha 11 anos, Richard Turere já era responsável por cuidar do gado de sua família, que mora pertinho do Parque Nacional de Nairóbi, no Quênia. Mas assim como seus vizinhos, ele enfrentava um grande problema: as vacas e touros estavam sendo atacados pelos leões do parque. Algumas pessoas da comunidade começaram a matar leões para salvar o gado, e isso fez com que diminuísse o número de leões do parque. Richard tentou algumas formas de afugentar os leões sem matá-los. E ao andar com uma lanterna ao redor de sua casa, o garoto observou que eles não se aproximavam com luzes em movimento. Usando itens velhos que havia encontrado, como uma bateria de carro, um interruptor e um kit de lanternas de motos, Richard inventou um sistema que acende e apaga lâmpadas ao redor da cerca onde fica o gado, e que funciona com energia solar. Os leões nunca mais apareceram! A ideia deu tão certo, que os vizinhos pediram para que ele instalasse sua invenção na casa deles também, e agora ela é usada em fazendas de todo o Quênia. Com o sistema criado por Richard, leões e humanos conseguem conviver em paz. Saiba mais sobre a história do garoto na palestra que ele deu no evento TED em 2013, nos Estados Unidos....

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Alunos criam protótipos para suas invenções

Alunos criam protótipos para suas invenções

Quase no final do percurso “Observar”, há cinco exemplos de cientistas que ajudaram a resolver problemas com suas invenções. Ao pesquisar outras situações parecidas para incluir no Caderno do Estudante, a turma do 4º ano da EMEB Prefeito Aldino Pinotti, de São Bernardo do Campo (SP), ficou muito interessada pelo assunto. A professora Maria Imaculada de Pádua logo percebeu a curiosidade dos alunos e propôs um desafio: que a turma observasse alguma dificuldade e buscasse uma solução. Os alunos teriam que prestar atenção no ambiente ao seu redor, nas pessoas que conhecem ou pesquisar em livros, revistas e jornais para pensar o que poderiam criar para solucionar ou diminuir uma dificuldade. As ideias das invenções foram desenhadas, para depois virar protótipos feitos de materiais recicláveis! “As crianças se envolveram tanto, que antes de realizar o projeto elas dividiam suas observações comigo, contando os mínimos detalhes”, relata Maria Imaculada. Teve até um aluno que já começou a pensar em estudar para se tornar um grande engenheiro! “Como eles já tinham tudo planejado e rascunhado, conseguiram inclusive recusar minhas sugestões com bons argumentos”, diz a professora. Entre as ideias da sala, há uma bota que ajuda cadeirantes a movimentar as pernas, um equipamento para que desenhistas consigam ampliar seus desenhos e um relógio que avisa automaticamente quando um bebê ou pessoa com dificuldade de fala precisa de alguma coisa. Conheça as invenções da garotada no vídeo abaixo.     O pessoal também fez a observação do recreio. Cada grupo ficou com um horário e uma turma diferente para observar e compartilhar seus relatos com os colegas. Eles perceberam que há brincadeiras que meninos e meninas podem praticar juntos, sem preconceitos. Também acharam importante fazer combinados e regras entre as crianças para evitar conflitos. A melhoria que os alunos pensaram para o recreio foi organizar brincadeiras diferentes para todo mundo a cada dia da semana. Por exemplo: em um dia tem esconde-esconde e pebolim. No outro, tem leitura e desenho. E assim por diante! Em todos os dias também tem dança e música para a criançada. Maria Imaculada conta que o recreio melhorou muito com todo mundo participando das...

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