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Novidades no recreio e menos lixo na escola
Um dos tipos de relatos que a Central de Relacionamento de TIM Faz Ciência mais recebe é sobre os Desafios Níveis 3 e 4 de “Observar”. Eles envolvem o levantamento de hipóteses, a observação e a criação de um plano de ação para melhorar o recreio. Essa atividade tão querida por professores e alunos já começou a ser feita em escolas que iniciaram os percursos de TFC neste ano, com resultados muito legais! Na EM Autran Nunes, de Fortaleza (CE), o recreio do 5º ano é separado do recreio do 1º ao 4º ano. Então a professora Débora Gomes Dias Félix propôs ao 5º ano A que observasse o recreio dos alunos mais novos, que eles não conheciam – e isso rendeu várias descobertas! Eles nem imaginavam que havia um espaço com brinquedos só para as crianças do 1º ano, além de mesas com jogos de xadrez e damas, cordas e elásticos para pular e uma sala de TV. “Antes, só percebiam a si mesmos e às brincadeiras dos maiores, que são mais agitadas”, conta Débora. Mas os alunos também notaram que alguns problemas que eles tinham incluído entre as hipóteses aconteciam mesmo, como correria, bullying, gritaria e esbarrões entre os estudantes. Outro problema era que as crianças com necessidades especiais ficavam mais isoladas do restante da garotada. Uma delas, que tem síndrome de Down, disse aos alunos do 5º ano A que ela preferia ficar sentada porque não gostava das brincadeiras. A turma pensou em várias soluções, que foram aprovadas pela coordenadora Adelane Melo e pela diretora Anlhymeuda Fernandes. Eles estão preparando cartazes para colar no pátio com combinados para aproveitar melhor o recreio e fotos que os próprios alunos tiraram desse momento (confira no álbum abaixo). As crianças também vão se revezar para monitorar o recreio e propor novas atividades para incluir os colegas com necessidades especiais. Além disso, criaram a Copa Recreio TIM Faz Ciência, um campeonato de futebol e de queimada entre as turmas. As regras já foram estabelecidas e os jogos devem começar neste mês! Já a professora Sandra Carmin recebeu o material didático de TFC recentemente, mas começou a propor atividades com a operação “Observar” bem antes. É que ela conheceu o material e os desafios no 1º encontro de formação em Curitiba (PR), realizado no dia 24 de março com a professora Lilian Faversani. Sandra convidou os alunos do 4º ano do CEI Professor Ulisses Falcão Vieira a caminhar pelo bosque da escola e observar o que tinha ao redor. No meio do caminho eles viram muitos sacos de lixo em um local e discutiram sobre a quantidade de lixo produzido na escola, principalmente na hora do almoço. Ao pensar em soluções para isso, alguns alunos lembraram que suas mães e avós usam restos de alimentos para adubar as plantas. E então surgiu a ideia de montar uma composteira para reaproveitar as cascas e restos de frutas que sobram do almoço. A composteira criada pela turma utiliza minhocas para decompor os alimentos e gerar o chorume, que vai servir de adubo para a horta da escola. Também foi colocado um balde no refeitório destinado aos restos de frutas. Mas veio outro problema: a composteira é pequena e não consegue reaproveitar todo o lixo. As crianças estão pensando em novas soluções, e não...
Formatos e belezas únicas dos cristais de neve
Além de transformar a paisagem e servir de material para divertidos bonecos, a neve traz consigo pequenas obras de arte da natureza: os cristais de neve. São aqueles cristais bem delicados que parecem estrelas e que vemos em filmes, fotos ou desenhos. Quem já teve a chance de ver neve pessoalmente aqui no Brasil, principalmente em cidades da região Sul, deve estar imaginando por que nunca conseguiu encontrar esses cristais. É que a maioria deles é tão pequeninha, que precisa enxergar com um microscópio – e só então dá para perceber a beleza de cada um deles! Quando a gente diz “cada um”, é justamente porque os cristais de neve são como as nossas impressões digitais: não há um igual ao outro. Os cientistas que se dedicam a pesquisar os cristais – sim, existem especialistas nisso! – já coletaram e estudaram inúmeros deles, todos diferentes entre si. Isso acontece porque cada um se desenvolve de uma forma própria, mesmo que a origem deles seja a mesma. Os cristais de neve são formados quando uma nuvem (ou parte dela) fica com uma temperatura negativa, ou seja, abaixo de 0 °C. Nessas condições, o vapor de água que forma a nuvem é transformado diretamente em pequenos cristais de gelo. Tanto o trajeto dos cristais quanto a temperatura e a umidade da nuvem interferem no formato final deles, por isso são tão únicos. Quando vários cristais se misturam, viram aquele floco de neve fofinho. Todos eles começam a se desenvolver a partir de uma figura de seis lados. Isso acontece porque os átomos de hidrogênio e oxigênio que dão origem às moléculas de água se conectam em uma estrutura de forma hexagonal (de seis lados). Depois, são as condições da nuvem e da atmosfera que vão moldar o formato final, que varia desde o mais conhecido, parecido com uma estrela, até as formas de agulhas, placas, colunas, triângulos, entre outros. Em uma busca pela internet é fácil encontrar fotos dos mais diferentes cristais, feitas por fotógrafos ou cientistas. Além disso, existem vídeos que mostram a formação deles, reproduzida em laboratórios científicos. Abaixo você pode assistir a um desses vídeos e ver em uma velocidade reduzida cada pequeno detalhe sendo moldado a partir do vapor. Crédito da foto em destaque: Yellowcloud (CC BY...
Ficção científica na realidade da sala de aula
A ficção científica pode ser uma grande aliada das aulas de ciências. Mesmo que tenham uma finalidade artística, os livros, filmes, quadrinhos e outras obras desse gênero trazem muitas reflexões que podem ser incorporadas aos assuntos explorados em sala de aula. Para o professor Luís Paulo de Carvalho Piassi, orientador dos programas de pós-graduação em Educação e em Estudos Culturais da Universidade de São Paulo (USP), o mais interessante da ficção científica é o tipo de raciocínio e as especulações sobre o mundo que as histórias trazem – e que também fazem parte do dia a dia dos cientistas. “São obras de fantasia, que não representam o mundo real, mas que produzem imagens de como o mundo poderia ser, de uma maneira bem fundamentada”, diz o professor, que já publicou diversos artigos sobre o tema. E as histórias não servem apenas para as aulas de ciências. “Dá para estabelecer uma conexão entre ciências sociais, história, filosofia e outras áreas do conhecimento humano. Não fica restrito ao conhecimento científico, como os recursos didáticos normalmente fazem”, explica. Para os professores que querem incorporar a ficção científica nas aulas, a orientação é ter olhar crítico e se informar sobre as propostas e ideias passadas nas obras. Só assim é possível saber se esses conceitos estão de acordo com o contexto das aulas. “Não pode passar uma obra só porque alguém achou legal e recomendou, tem que fazer uma reflexão crítica”, ressalta Luís Paulo. No caso de turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, também vale o cuidado de adaptar as histórias para uma linguagem que as crianças entendam. Existem obras de ficção científica que foram produzidas para crianças, como o filme de animação “WALL-E” (2008). Mas há diversos clássicos do gênero que podem ser adaptados – alguns deles, inclusive, ganharam versões para o mundo infantil. Livros como “Vinte mil léguas submarinas” e “Viagem ao centro da Terra”, de Júlio Verne; “A máquina do tempo” e “A guerra dos mundos”, de H.G. Wells; e “Eu, robô” e “Sonhos de robô”, de Isaac Asimov, são algumas das recomendações de Luís Paulo tanto para essa faixa etária quanto para os professores que querem conhecer melhor o universo da ficção científica. Os professores nem precisam exibir o filme ou pedir para que as crianças leiam o livro. Dá para se inspirar nas obras e fazer contações de histórias, criar peças de teatro, promover debates, entre outras atividades. “O que importa do ponto de vista pedagógico é a história, o enredo”, afirma. “O processo didático é de adaptação, e isso faz parte da rotina escolar.” O mais importante é que as crianças participem o tempo todo, discutam a história, coloquem suas posições e façam reflexões. Senão, a obra servirá apenas como entretenimento. Quem tem dificuldade de acesso a livros e DVDs pode encontrar algumas obras online. “Muitas obras da literatura, principalmente de autores clássicos, já estão em domínio público. Há tradutores que liberam as obras gratuitamente, e é possível encontrá-las em bibliotecas virtuais”, indica o professor. Para os autores mais recentes, a melhor saída é procurar as obras em bibliotecas ou recorrer a programas de doação de livros. No caso de filmes, é mais complicado consegui-los de forma gratuita, mas às vezes dá para encontrar clássicos da ficção científica disponíveis no YouTube na íntegra. Créditos da...
Seres vivos que ultrapassam milênios
Depois de visitar uma árvore de 7 mil anos no Japão em 2004, a fotógrafa norte-americana Rachel Sussman iniciou a missão de registrar os seres vivos mais antigos do mundo. Ela viajou para os lugares mais diferentes nessa busca – do calor do Deserto da Namíbia ao frio intenso da Antártida, mergulhando também a 18 metros de profundidade no mar em Trinidad e Tobago. Contando com a ajuda de cientistas nessa jornada, Rachel já conseguiu fotografar 30 espécies, todas com mais de 2 mil anos. Esse foi o limite mínimo que a fotógrafa definiu para as espécies que iria registrar, com base no calendário cristão (que indica que estamos no ano 2016). Mas alguns exemplares encontrados ultrapassam de longe essa idade. O ser vivo mais antigo que ela fotografou foi uma espécie de bactéria que vivia no solo congelado da região da Sibéria e agora está em um instituto de pesquisa na Dinamarca. Os cientistas estimam que o seu tempo de vida está entre 400 e 600 mil anos! Esse período é maior até do que a nossa própria existência como espécie na Terra, já que o Homo sapiens surgiu há cerca de 200 mil anos. Segundo Rachel, conhecer essas espécies muda a nossa visão do tempo, tão focada no tempo dos humanos. Cada um desses seres vivos tem uma história que vai muito além da nossa e, ao mesmo tempo, se conecta com a gente. O que não significa que eles são imortais: dois dos seres fotografados morreram nos últimos anos. Isso mostra o quanto é importante divulgar a existência dessas espécies ao mundo para que possamos protegê-las. E é aí que a ciência e a arte mais uma vez colaboram uma com a outra. “Foi importante para mim criar um projeto artístico que não estivesse apenas ‘usando’ a ciência. Os melhores projetos de arte e ciência melhoram e ampliam uns aos outros, trazendo algo novo para ambos; eles não se resumem a simplesmente deixar a pesquisa mais bonita ou a fazer trabalhos artísticos utilizando novas ferramentas científicas”, escreveu Rachel na introdução de seu livro “The oldest living things in the world” (os seres vivos mais antigos do mundo, em português), que reúne 124 fotos tiradas no projeto. Confira a seguir algumas delas. A árvore que ilustra a capa do livro é um abeto de 9550 anos que vive na Suécia. Esse monte de folhas da Welwitschia mirabilis são, na verdade, apenas duas folhas que crescem há 2 mil anos no Deserto da Namíbia. O musgo que cobre as rochas da Ilha Elefante, na Antártida, tem 5,5 mil anos. O mar das Ilhas Baleares, na Espanha, abriga uma erva marinha chamada Posidonia oceânica com 100 mil anos. Só tem mais cinco exemplares dessa espécie de eucalipto no mundo – o da foto tem 13 mil anos e vive na Austrália. As milhares de folhas agrupadas da Azorella compacta fazem com que ela pareça uma rocha verde. Essa habita o Deserto do Atacama, no Chile, há cerca de 3 mil anos. Esse enorme baobá vive na África do Sul há cerca de 2 mil anos. Saiba mais: Rachel deu uma palestra no evento TED contando sobre o projeto e algumas curiosidades sobre as espécies fotografadas. Assista a seguir com legendas em português....
Um caminho para aprender plenamente
Há quem diga que para aprender é preciso disciplina, no sentido de ser um aluno obediente. A professora Lilian Faversani, especialista em Psicanálise e Infância, está mostrando em alguns dos encontros de formação de TIM Faz Ciência que há um jeito melhor de aprender – e que, para isso, é preciso entender o significado original da palavra “disciplina”. Essa palavra tem origem no termo em latim discere, que significa “aprender”. E o prefixo “plina” quer dizer “plenamente”. Aprender plenamente é bem diferente de aprender por obediência. Quem aprende obedecendo segue fielmente o que é dito, sem questionar, e não vai além disso. “Ele vai sempre depender de alguém que lhe diga o que fazer, não saberá tomar decisões, não saberá eleger razões para fazer desta maneira ou daquela”, explica Lilian. Já a pessoa disciplinada, ou um discípulo, não aprende só o que é lhe é ensinado, mas também entende os motivos pelos quais está aprendendo um conteúdo e a forma como ele está sendo ensinado. “Portanto, o discípulo é um sujeito que, em algum ponto da linha, pode ocupar o lugar do mestre”, diz a professora. Por isso, é mais interessante quando a preocupação principal do professor é em como ele irá ensinar os estudantes, e não em fazer com que os alunos o obedeçam. É claro que para aprender os estudantes também precisam seguir certos comportamentos em sala de aula. Lilian diz que um caminho para isso é mostrar por que é necessário seguir um método de estudo para cada matéria. “A disciplina é uma adesão voluntária a certos métodos porque eles parecem boas ideias”, acrescenta. As maneiras de estudar língua portuguesa e matemática, por exemplo, são muito diferentes. Enquanto a primeira permite mais debates em sala sobre a interpretação de um texto, que envolve opiniões diferentes, a segunda exige bastante concentração nos exercícios para conseguir resolvê-los – e só há um resultado final. E é assim também com as operações intelectuais exploradas em TIM Faz Ciência, que são uma forma de pensar, compreender e produzir ciência. “As crianças entendem isso, uma vez que isso lhes seja explicado. E é muito diferente a resposta delas quando o pedido para que elas se comportem de determinada maneira advém de um método da ciência ou advém de uma fala impositiva de um professor”, conclui. Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Não perca os próximos encontros de formação com o tema “O programa TIM Faz Ciência e os saberes disciplinares”, que acontecerão em Fortaleza (CE), em 6 de maio; Vitória (ES), em 13 de maio; Teresópolis (RJ), em 19 de maio; e Campo Grande (MS), em 24 de...
Até os gênios têm dificuldades como todo mundo
Para algumas pessoas, conhecer as contribuições de grandes gênios para a ciência é uma inspiração para se dedicar ainda mais aos estudos. Para outras, o efeito pode ser o contrário: a pessoa começa a pensar que nunca conseguirá entender a ciência ou fazer descobertas com facilidade, e nem se esforça muito para tentar. Mas esses gênios não nasceram sabendo tudo, e tiveram dificuldades nos estudos, na carreira e na vida pessoal. Saber desses problemas pode fazer a diferença no interesse de alguém pela ciência. Quem concluiu isso foi uma equipe de pesquisadores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Eles fizeram um estudo com 402 estudantes do Ensino Médio de bairros pobres de Nova York e os dividiram em três grupos: o primeiro leu textos sobre os grandes feitos dos cientistas Albert Einstein, Marie Curie e Michael Faraday; o segundo, sobre as dificuldades pessoais que eles enfrentaram; e o terceiro, sobre suas dificuldades intelectuais. Depois de seis semanas, eles perceberam que os alunos do segundo e do terceiro grupos melhoraram o desempenho e a motivação nas aulas de ciências. Já o primeiro grupo tirou notas mais baixas do que os outros. A diferença é que enquanto o pessoal do primeiro grupo tinha uma ideia de que os cientistas nasceram com habilidades e um talento especial para a ciência, que poucos podem alcançar, os alunos dos outros grupos se identificaram com as histórias dos cientistas e os obstáculos que eles enfrentaram até chegarem às suas conquistas. Para os pesquisadores, tão importante quanto apresentar as contribuições dos cientistas é mostrar que eles eram pessoas comuns, que falharam e passaram por dificuldades, e que isso fez parte do sucesso deles. Até os professores podem compartilhar o que demoraram mais para aprender ou acharam mais complicado nas aulas de ciências. Veja só algumas curiosidades sobre os três cientistas que foram usados como exemplo na pesquisa. Albert Einstein Como já contamos aqui no site, Einstein revolucionou a ciência e é considerado o pai da física moderna. Quando cometia erros ou quando questionavam seus estudos, ele fazia questão de aprender com isso, reescrevendo seus artigos e melhorando os argumentos para que pudesse defender suas teorias da melhor forma possível. O pai do físico alemão passou por diversos empregos para poder sustentar a família, e eles se mudaram muitas vezes. Foi difícil para Einstein se adaptar e acompanhar a turma cada vez que entrava em uma nova escola. Ele chegou até mesmo a ser expulso de uma das escolas onde estudou por ser muito rebelde. Marie Curie A cientista polonesa descobriu dois elementos químicos (rádio e polônio) e fez as primeiras pesquisas sobre o fenômeno da radioatividade, que contribuíram muito para a medicina. Mas não foram poucas as vezes em que seus experimentos falharam. Mesmo que ficasse frustrada, Marie não desistia e tentava tudo de novo. Como naquela época as mulheres polonesas eram proibidas de ir à faculdade, Marie frequentou aulas secretas até conseguir se mudar para a França. Nesse meio tempo, ela trabalhou como professora e governanta para juntar dinheiro e ajudar no sustento de sua irmã mais velha, que estava estudando em Paris. Michael Faraday Os estudos de Faraday foram muito importantes para as áreas do eletromagnetismo e da eletroquímica, inclusive dando a base para a criação do motor elétrico. O cientista...
Viagens fictícias dentro e fora do Sistema Solar
Quando se pensa em outros planetas que poderiam ter habitantes, a criatividade corre solta! Já sabemos de planetas com características tão diferentes da Terra, que imaginamos inúmeras possibilidades de como seriam seus habitantes ou o modo de vida por lá. A própria NASA, a agência espacial norte-americana, brincou com esse assunto em uma série de pôsteres de turismo fictícios para outros planetas. Para dar sequência à série, foram lançados mais dois exemplares com os exoplanetas (planetas que ficam fora do Sistema Solar) 51 Pegasi b e PSO J318.5-22. Os pôsteres são inspirados em alguma característica do planeta e convidam os seres humanos a fazer uma visita por lá. Quem sabe se um dia será possível? Saudações de seu primeiro exoplaneta O 51 Pegasi b tem uma característica especial: foi o primeiro exoplaneta a ser descoberto que orbita uma estrela parecida com o Sol. Ele foi detectado em 1995 e tem cerca de metade da massa de Júpiter. Além disso, fica tão perto de sua estrela, que leva apenas 4,2 dias terrestres para dar a volta em torno dela (a Terra leva 365 dias para dar uma volta inteira ao redor do Sol). Visite o planeta sem estrela. PSO J318.5-22: onde a vida noturna nunca termina. O PSO J318.5-22 também foi um exoplaneta pioneiro. Pela primeira vez, em 2013, os cientistas avistaram um planeta órfão, que não orbita nenhuma estrela. Ele só foi descoberto porque ainda emite uma luz fraquinha, que vem desde o tempo de sua formação. Depois de um tempo vai ser difícil detectá-lo vagando sozinho no escuro, sem a luz de uma estrela por perto. Visões do Futuro E a equipe de artistas da NASA não parou por aí! Eles decidiram criar mais nove pôsteres dedicados a astros do Sistema Solar – afinal, temos muitos destinos interessantes por aqui também! Além dos planetas – incluindo a Terra –, há pôsteres convidando para viagens a Europa, uma das luas de Júpiter; Titã e Encélado, duas das luas de Saturno; e Ceres, um planeta-anão e o maior corpo celeste localizado no cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter. Confira todos os pôsteres da série “Visões do Futuro” na galeria abaixo. Este slideshow necessita de JavaScript. Créditos das imagens:...
Belos e perigosos: saiba mais sobre os temidos raios
Os raios são daqueles fenômenos naturais que conseguem ser ao mesmo tempo belos e assustadores. As linhas que atravessam e iluminam o céu rendem fotos incríveis, mas também podem ser fatais para quem está desprevenido. Esse fenômeno é cercado de dúvidas e mitos populares. O que é perigoso fazer durante uma tempestade e o que não é? Qual é a diferença entre raios, relâmpagos e trovões? E, afinal, o que é um raio? Um raio nada mais é do que uma descarga elétrica muito intensa que vai das nuvens de tempestade ao solo – ou faz o caminho contrário. Aquele famoso ditado “Os opostos se atraem” se encaixa bem para explicar como eles surgem. Um raio é provocado pela atração entre cargas elétricas negativas e positivas que se acumulam na nuvem e no solo, formando uma descarga elétrica que pode chegar a uma intensidade de 5 mil amperes – isso equivale a cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico! Essas descargas elétricas não se formam só entre nuvens e solo. Elas também podem acontecer dentro da própria nuvem, entre duas nuvens ou da nuvem para o ar. Tudo isso, incluindo os raios, são tipos de relâmpagos. O ar fica aquecido a uma temperatura tão alta quando os relâmpagos se formam, que provoca aquele clarão no céu. Esse aquecimento também faz com que o ar se expanda muito rápido, e é daí que vem os barulhos dos trovões. Com um fenômeno tão forte como esse, é preciso tomar alguns cuidados em dias de tempestades. Provavelmente você já deve ter ouvido muitas recomendações sobre isso, não é mesmo? Veja só o que é mito e o que é verdade: É perigoso ficar debaixo de árvores e guarda-chuvas: VERDADE As cargas elétricas não se acumulam só no solo, mas também em pontos altos, como postes, topos de prédios e copas de árvores, que podem atrair raios. O guarda-chuva também pode se tornar um pico, dependendo de onde você estiver. Raios não caem duas vezes em um mesmo lugar: MITO Se você acha que está protegido em um lugar que já foi atingido por um raio, está engando! Ele pode cair não só duas, mas inúmeras vezes em um mesmo lugar. A estátua do Cristo Redentor, por exemplo, é atingida por raios cerca de seis vezes por ano. É preciso desligar aparelhos elétricos em caso de relâmpagos: VERDADE Essa recomendação é bem importante, porque um raio pode atingir a fiação elétrica e queimar os aparelhos. É bom até evitar utilizar telefones com fio e celulares ligados ao carregador nesses momentos – se a fiação for atingida, a corrente elétrica pode chegar até você. Espelhos podem atrair raios: MITO Algumas pessoas têm o hábito de cobrir espelhos durante tempestades por receio de que eles possam atrair e refletir um raio. Isso é um mito, já que os espelhos não conduzem eletricidade. Não fique na praia durante uma tempestade: VERDADE Não é bom ficar na praia e em nenhum lugar descampado, justamente porque você vira o ponto alto do lugar – e um possível alvo para os raios. Procure sempre se abrigar em construções ou veículos fechados. Enquanto estiver na rua, evite ficar perto de objetos longos ou metálicos e cercas de arame (o metal é um condutor de eletricidade). Saiba...
O Brasil também foi terra de dinossauros
Você consegue imaginar dinossauros vivendo aqui no Brasil? Pode acreditar: nosso país também foi lar de algumas espécies de dinossauros há dezenas e até centenas de milhões de anos! Até agora, 21 espécies brasileiras foram registradas pelos paleontólogos, encontradas em estados do Nordeste ao Sul do país: Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Quais foram os maiores dinossauros que habitaram a Terra? Boa parte delas pertence ao grupo dos saurópodes, aqueles dinossauros grandalhões com pescoço e cauda bem compridos e que se alimentam de plantas. Mas também há outros tipos, incluindo alguns que estiveram entre os primeiros dinossauros que habitaram a Terra, há mais de 200 milhões de anos. É difícil identificar novas espécies, já que normalmente são encontrados poucos ossos. Por isso ainda existem espécies brasileiras consideradas como questionáveis (não dá para saber se é uma nova espécie ou uma que já existe), indeterminadas e uma que foi reclassificada como pré-dinossauro. Paleoarte: saiba mais sobre a arte de criar imagens para os dinossauros Ainda há muito a se descobrir sobre os dinossauros brasileiros e como foi o período da pré-história no país. Quem sabe quantas novas espécies podem ser encontradas? Veja só as características de alguns dinossauros que já foram registrados por aqui. Estauricossauro (Staurikosaurus pricei) Foi o primeiro dinossauro brasileiro a ser descrito, em 1970 – mas ele foi descoberto bem antes, em 1936, na cidade de Santa Maria (RS). O estauricossauro esteve entre os primeiros dinossauros que já existiram, e viveu há 225 milhões de anos. Ele era baixinho e comprido, com cerca de 1 metro de altura e 2,5 metros de comprimento, e pesava 30 kg. Mesmo não tendo um tamanho gigante como outros dinossauros, o estauricossauro era um caçador temido por pequenos animais. Suas pernas longas lhe davam mais velocidade. Uberabatitan ribeiroi O nome do “titã de Uberaba” já apresenta bem essa espécie do grupo dos saurópodes. Seus primeiros fósseis foram encontrados na cidade mineira em 2004, e ele é considerado o maior dinossauro brasileiro: tinha em torno de 4 metros de altura, 20 metros de comprimento e 16 toneladas. O Uberabatitan ribeiroi viveu no final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos, em uma época repleta de mudanças no clima. Os longos períodos de seca seguidos de grandes inundações podem, inclusive, ter sido o motivo da extinção da espécie. Santanaraptor placidus A descoberta dos fósseis do Santanaraptor placidus, em 1991 em Santana do Cariri (CE), foi uma das mais importantes no Brasil e no mundo. Além de pertencer a um gênero que ninguém conhecia (e que muito tempo depois daria origem ao Tiranossauro Rex), junto aos ossos estavam partes de tecidos moles bem preservados, como fibras musculares, vasos sanguíneos e pele, o que é raro de acontecer. Esse dinossauro podia atingir 2,5 metros de altura e tinha ossos parcialmente ocos, o que o tornava mais leve, ágil e veloz para capturar suas presas. Veja mais informações sobre as 21 espécies de dinossauros brasileiras nas matérias dos portais Terra e Zero Hora. Créditos da foto em destaque (Santanaraptor placidus): Kabacchi/Wikimedia...
A ciência que há por trás da boa e velha risada
Rir é uma ação tão normal em nosso dia a dia, que nem paramos para pensar em quais momentos e por quais motivos a gente dá risada. Uma resposta bastante comum é que nós rimos quando alguém faz uma piada. Na verdade, estudos mostram que o que mais provoca risos é quando interagimos com outras pessoas, conversando normalmente – podemos rir inclusive no final de frases que não são nem engraçadas! Rir parece ser algo simples, mas para pesquisadores é uma ação que envolve muitas questões a serem explicadas. Para começar, o que causa aquelas gargalhadas que não conseguimos evitar? Já se sabe que as áreas do cérebro que controlam o riso ficam na mesma região das áreas que controlam outras ações que fazemos por instinto, como a respiração e os reflexos. Isso pode explicar porque é tão difícil parar de rir mesmo nos momentos em que deveríamos estar mais comportados. O que ativa essa parte do nosso cérebro e nos faz gargalhar ainda é tema de investigações científicas. Veja algumas curiosidades sobre o riso na palestra da neurocientista inglesa Sophie Scott, especialista no assunto. Além da gargalhada, a gente ri de diversas formas: quando estamos conversando, quando estamos felizes, quando estamos nervosos, quando estamos tímidos… É algo natural, que não precisamos aprender. Como desenvolvemos essa capacidade é outro mistério, mas o que os cientistas concordam é que a risada faz parte da comunicação entre os seres humanos, nas mais diferentes funções, e é muito importante em nossa interação. Não é à toa que é tão comum rirmos junto com outras pessoas – o riso pode nos aproximar e ser contagioso. E entre os animais, eles também dão risadas? Os pesquisadores têm opiniões divididas em relação a isso. Animais como chimpanzés e ratos emitem um som específico quando estão brincando ou quando recebem cócegas. Para alguns cientistas, essa é a maneira deles de rir. Mas como a forma que esses sons são produzidos é diferente da nossa, outros cientistas não os consideram uma risada. Essa discussão fez parte de uma reportagem do programa “SP Pesquisa”, da Univesp TV, dedicada à ciência do riso e do humor. Ainda há pesquisas que estudam os benefícios que o riso traz para a saúde. Rir pode ajudar a evitar problemas no coração, melhorar o sistema imunológico (que protege nosso organismo), trazer uma sensação de bem-estar e relaxamento, entre outros efeitos. No mínimo, dá para perceber que uma risada pode até melhorar o seu dia, não é...