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Atividades para explorar a luz em diversas formas
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2015 como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias Baseadas em Luz, como explicamos nesta matéria. Se você ainda não organizou nenhuma aula relacionada a esse tema, não se preocupe: selecionamos algumas sugestões de atividades para que os alunos vejam como a luz está presente de diversas maneiras em nossas vidas. A primeira foi feita por uma professora que participa de TIM Faz Ciência, e as outras estão entre as 100 atividades escolares indicadas no site oficial do Ano Internacional da Luz (em inglês). Luz e sombra para entender o movimento da Terra A professora Célia Aparecida Silva fez esta atividade com seus alunos da Educação Infantil da EMEIEF Monsenhor João do Rego Cavalcanti, de Santo André (SP) – mas ela pode ser realizada com crianças de qualquer idade. Célia colocou uma garrafa de detergente no parque da escola e pediu aos alunos que marcassem a posição da sombra a cada hora. A turma levantou uma hipótese sobre o motivo das mudanças de posição da sombra: eles achavam que era o Sol que mudava de lugar. Com a ajuda de lanternas, a professora simulou o movimento de rotação e translação da Terra, e a meninada percebeu que é o planeta que se movimenta e provoca as mudanças na posição das sombras. Plantas, clorofila e luz solar Este experimento é bem simples, e precisa apenas de um vaso com uma planta e de papel alumínio. Peça para os alunos recortarem pequenos quadrados de papel alumínio e prenderem com clipes em algumas partes das folhas da planta. Deixe a planta exposta ao Sol durante uma semana. Ao retirar os pedaços de papel alumínio, as crianças verão que as partes da folha que foram cobertas ficaram bem clarinhas em comparação com as outras. Isso mostra o quanto a luz é essencial para as plantas. Elas têm uma substância chamada clorofila, que absorve a luz do Sol e dá a coloração verde para as folhas. A clorofila usa a energia da luz solar para transformar outras substâncias em alimento para a planta e em oxigênio para a atmosfera. Quando cobrimos uma parte da folha com papel alumínio, não deixamos a clorofila absorver a luz solar – e a cor clarinha das partes cobertas da folha são uma prova de que ela parou de “funcionar”. Um tomate pode ser azul? As cores também têm a ver com a luz. Quando a luz bate em um objeto, ele vai absorver uma parte das ondas e refletir outra parte. São essas ondas que formam as cores, e as que são refletidas para os nossos olhos são as cores que vemos no objeto. Uma maneira de perceber como a luz interfere nas cores de um objeto é usando lanternas com luzes de cores diferentes – ou cobrir cada lanterna com papel celofane de cores variadas. Deixe a sala de aula escura e escolha uma fruta com uma cor forte, como o tomate, a laranja ou a maçã. Ilumine a fruta com uma lanterna de cada vez e peça para as crianças observarem o que muda na cor da fruta. Ficou cada hora de uma cor, não é mesmo? É que na luz natural as ondas de todas as cores chegam ao objeto. Mas quando ele é iluminado por uma...
Debates, vídeos e um rap para TFC em “Questionar”
O percurso “Questionar” foi repleto de debates, vídeos e música no 4º ano B da EMEB Maria Adelaide, de São Bernardo do Campo (SP)! As crianças pensaram em diversas perguntas que fariam se estivessem no lugar do rei da história “Até o Rei!”. Algumas delas foram: “O que me fez ser rei?”, “O que estou fazendo aqui?” e “Para onde vou?”. Uma das alunas comentou que achou difícil imaginar ser outra pessoa! E a professora Suelen de Araújo Santos aproveitou para conversar com a turma sobre a expressão “colocar-se no lugar do outro”. Para complementar a discussão sobre a escola, Suelen mostrou para a sala alguns vídeos do programa Fora da Escola Não Pode!, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – você pode encontrá-los no site do programa e no YouTube, como esse e esse. “Senti a necessidade de dar esse repertório para que, quando eles tivessem que escrever a carta, sentissem a preocupação que temos em mantê-los na escola e entendessem os diversos motivos que levam algumas crianças a não frequentarem a escola”, explica a professora. Além de escrever cartas, a meninada gravou depoimentos em vídeo para as crianças que estão fora da escola! “Alguns alunos que faltavam por qualquer coisa começaram a valorizar o tempo na escola, e as faltas diminuíram. Muitos reconheceram a importância da escola na vida deles, outros puderam aprender com as rodas de conversa”, comenta Suelen. Confira a seguir as cartas e dois vídeos com os depoimentos e uma parte da discussão em sala de aula. Os alunos ainda prepararam uma surpresa: criaram um rap e um videoclipe em homenagem a TIM Faz Ciência! A ideia foi da própria turma, que convidou o 4º ano A da professora Bruna Cordero para participar. O clipe teve direito a coreografia, depoimentos e cenas dos bastidores. Olha só como ficou: As palavras cruzadas do Desafio Nível 1 de “Definir” foram feitas em grupo e depois escritas na lousa. “Percebi que eles não se limitam mais à resposta da professora como sendo uma verdade absoluta. Eles possuem argumentos, questionam a resposta do amigo e já conseguem defender seu ponto de vista”, diz a professora. No desafio seguinte, as crianças deram explicações bem interessantes para as palavras “escuridão” e “liberdade”. Alguns disseram que a escuridão é grande, porque é maior do que eles mesmos, e que é triste, porque dá medo. Já a definição de “liberdade” que a turma mais gostou foi a da aluna Isabela: liberdade é fazer o que quiser, respeitando o espaço do outro. Após terminar o Desafio Nível 2, os alunos começaram a preparar o dicionário de gírias, com um desafio da professora: perguntar aos pais, avós e conhecidos quais gírias eram usadas antigamente. Eles ficaram ansiosos para compartilhar suas descobertas e acharam muito bacana ver como as gírias e os significados das palavras mudam ao longo do tempo. Os dicionários feitos por cada grupo serão reunidos para formar uma versão online. “O objetivo é que todas as crianças da escola possam ter acesso ao dicionário e, quem sabe, acrescentar novas gírias”, conta...
Mensagens da Terra para os extraterrestres
As sondas Voyager 1 e 2 exploram o espaço há muitos anos, desde 1977! Elas já viajaram pelo Sistema Solar e estão enviando informações e imagens de lugares que nunca foram alcançados por nenhum objeto feito aqui na Terra. A Voyager 1 chegou ao espaço interestelar – a região que fica entre as estrelas – em 2013. Sua “irmã” está quase lá, atravessando a heliosfera, que é a fronteira que separa o Sistema Solar da região interestelar. Além dos equipamentos para enviar informações para a Terra, essas sondas também carregam uma bagagem especial. Quando elas estavam sendo construídas pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, um astrofísico incrível chamado Carl Sagan sugeriu colocar mensagens dentro das sondas, caso elas fossem encontradas por algum extraterrestre em sua jornada pelo espaço. Foi aí que Carl e um time de cientistas criaram o Golden Record (disco dourado, em português), um disco repleto de sons e imagens que representam a Terra. Cada Voyager recebeu uma cópia. Temos que lembrar que isso foi feito em 1977, quando não havia pen-drives e outras tecnologias mais modernas. Por isso os cientistas gravaram as mensagens em um disco feito de cobre e banhado a ouro. Também foram incluídos uma agulha e um cartucho de vitrola, instruções desenhadas na capa para que os alienígenas possam ouvir os sons e ver as imagens gravadas e mensagens impressas de duas autoridades daquela época: o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kurt Waldheim. E o que tem nesses discos? São saudações em 55 idiomas diferentes, músicas de diversos estilos e culturas e sons que podem ser ouvidos na Terra. Entre eles, tem os sons de um trem, da chuva, de risadas, de animais e de uma mãe com um bebê chorando. Além disso, há 115 imagens gravadas em forma de código, como de paisagens da Terra, partes do corpo humano e mapas do Sistema Solar. Carl Sagan disse que esse disco é como uma cápsula do tempo, um registro que mostra um pouquinho da nossa vida aqui no planeta para quem conseguir encontrá-lo. Já pensou se isso acontece? O que será que os extraterrestres pensariam de nós? A seguir, você pode escutar duas listas de áudios do Golden Record que a NASA disponibilizou: uma com as saudações em diferentes línguas e outra com os sons da Terra (os títulos estão em inglês). Assista também a um vídeo que reúne todas as imagens gravadas nos discos. Quer saber mais sobre a história de Carl Sagan? Acompanhe o site de TIM Faz Ciência: em breve, publicaremos uma matéria falando mais sobre esse astrofísico que nos deixou em 1996, mas que encanta fãs da ciência até hoje. Créditos da foto na página inicial: Cortesia...
Cartazes contra o desperdício de comida na escola
A observação do recreio rendeu muitas descobertas para o 4º ano da EMEIEF Padre Fernando Godat, de Santo André (SP). Uma delas foi que a brincadeira preferida das meninas não é casinha e nem boneca, e sim queda de braço e adedonha (também conhecida como “stop”). Outra coisa que chamou bastante a atenção da garotada foi o grande desperdício de água e comida durante o intervalo. E foi a partir desse problema que as crianças montaram seu plano de ação! A turma criou diversos cartazes e os espalhou pelo refeitório para conscientizar os alunos. Duas semanas depois, as crianças quiseram verificar se a iniciativa deu certo e entrevistaram as merendeiras da escola, que acompanham os intervalos de todas as salas. Elas disseram que os alunos estavam lendo os cartazes e inclusive alertando os colegas! “Ficamos muito felizes porque elas falaram que já notaram algumas mudanças no comportamento dos estudantes, que o desperdício diminuiu nas primeiras duas semanas”, disse a professora Risoleide Pereira Carvalho. Até os pequenos da Educação Infantil, mesmo sem saber ler, reparam nos cartazes e pedem para as merendeiras lerem o que está escrito. O sucesso foi tanto, que as merendeiras sugeriram para a turma criar mais cartazes orientando os alunos a jogar as sobras de alimentos dos pratos no lixo e a fazer mais silêncio. Além de conversar sobre o resultado da ação do 4º ano, as merendeiras também explicaram para a meninada como é feito o cardápio da merenda, que já vem pronto para todas as escolas e é montado por nutricionistas para ficar balanceado. Elas ainda mostraram os cuidados que é preciso ter com a higiene na cozinha, como o uso de luvas descartáveis e a higienização dos alimentos. Em “Verificar” a turma recebeu uma visita especial: a avó de um dos alunos, que é contadora de histórias! Ela contou uma história de mistério que tem tudo a ver com a operação, chamada “O sumiço da pantufa”, de Mariângela Haddad. Mas antes de chegar ao final da história, as crianças se dividiram em grupos para discutir as evidências e levantar hipóteses para resolver o mistério do sumiço. Risoleide disse que muitos grupos conseguiram levantar hipóteses parecidas com o final verdadeiro da história. “Estamos ficando craques”, brinca a professora. O Desafio Nível 2 de “Classificar” sugere que a turma faça um Livro dos Descobrimentos, reunindo todas as cartinhas ao próprio corpo. Os alunos da professora Risoleide completaram esse livro com muitas outras descobertas! O livro ganhou o nome de “Quem sou eu”, e tem textos, recortes de revistas e desenhos com temas como os padrões de beleza na mídia, o que mais gosto e o que menos gosto em meu corpo, meu autorretrato e uma carta de agradecimento ao corpo. A meninada está fazendo as atividades de “Questionar” agora, e a professora contou que os alunos usaram palavras bem difíceis para gerar perguntas nos jogos do Desafio Nível 1, como “dengue”, “graveto” e...
Foguetes e ônibus espaciais na nossa visita à NASA
A NASA, agência espacial norte-americana, tem escritórios espalhados por diversos lugares dos Estados Unidos. Um dos mais conhecidos é o Kennedy Space Center (KSC), que fica no estado da Flórida. Lá a NASA mantém um espaço especial para receber turistas do mundo todo, com atrações que apresentam um pouco da história da agência e de suas missões espaciais. A equipe de TIM Faz Ciência foi conhecer esse lugar de pertinho! Veja a seguir como foi essa visita. Começamos com um tour de ônibus para conhecer o Complexo de Lançamento 39, onde foram lançados os veículos de missões famosas, como a Apollo e o programa de ônibus espaciais. Não é possível andar a pé por lá, já que só funcionários da NASA são autorizados a acessá-los. Mas das janelas do ônibus podemos ver o prédio de 160 metros de altura – equivalente a um edifício de 40 andares – onde são montados os veículos espaciais. Também dá para ver o prédio de controle das missões, as plataformas de lançamento e os veículos que levam os foguetes e ônibus espaciais até as plataformas. Tudo é gigante! Afinal, alguns dos foguetes têm mais de 100 metros de altura. No final do tour chegamos ao Centro Apollo/Saturn V, dedicado a mostrar mais sobre o programa Apollo, que levou o homem à Lua. Depois de um vídeo de apresentação, entramos em uma sala com equipamentos originais da sala de controle da missão Apollo 8. Lá assistimos a uma simulação do momento em que o foguete foi lançado, levando três astronautas a orbitarem a Lua pela primeira vez. Os visitantes assistem aos vídeos originais do momento do lançamento em 1968, como se estivessem lá – a sala até treme na hora da decolagem! Quando saímos da sala, damos de cara com um dos exemplares do Saturn V, o foguete do tamanho de um prédio de 36 andares usado nas missões Apollo – e o maior já construído. É um modelo extra, que não chegou a ir à Lua, mas é exatamente igual aos que foram. Todo esse tamanho tem um motivo: 91% do foguete é preenchido por combustível, para que ele possa subir até o espaço. Além do Saturn V, vários itens do programa Apollo estão expostos nessa área. Entre eles, uniformes dos astronautas, réplicas de veículos lunares e, o mais bacana, um pedacinho de uma das rochas coletadas na Lua, que os visitantes podem tocar! A gente se sente uma formiguinha perto do Saturn V, e essa sensação se repete em outro espaço do KSC: o jardim de foguetes. É um jardim com oito réplicas em tamanho real de foguetes e cápsulas usados pela NASA. Não dá para colocar os foguetes verdadeiros porque eles se desmontam durante o lançamento conforme acaba o combustível, e o que fica é apenas a cápsula onde estão os astronautas. Além de passear por entre os enormes foguetes, você ainda pode andar pela mesma passarela onde passaram os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins para chegar até o foguete que os levaria à Lua. O programa de ônibus espaciais da NASA também ganhou uma área especial no KSC. Entre 1981 e 2011, cinco ônibus espaciais levaram astronautas ao espaço para diferentes missões, como ajudar a construir a Estação Espacial Internacional e fazer reparos no telescópio Hubble. E...
Roda de conversa ajuda um aluno a voltar à escola
O percurso “Verificar” levou a turma do 5º ano da EMEF José Ferreira da Costa, de Aquiraz (CE), a uma iniciativa muito bacana para ajudar um colega de sala! Tudo começou quando a professora Elisângela Oliveira Pereira mostrou um gráfico com as faltas dos alunos da sala. As crianças perceberam que a barrinha de um dos alunos estava bem maior que a dos outros, e decidiram verificar por que ele estava faltando tanto às aulas. As hipóteses que a criançada levantou foram: ele tinha preguiça de acordar cedo; estava doente; não gostava da escola; perdia o ônibus e morava longe da escola. A melhor maneira de verificar essa questão era perguntar para o próprio colega – e foi assim que eles descobriram que todas as hipóteses estavam erradas! O garoto explicou que faltava porque sofria bullying de outro colega da sala, que o chamava de vários nomes e apelidos. “Já havia percebido as faltas e levado essa questão para a direção da escola. Chamamos os pais dele para conversar, mas eles disseram que tudo o que o filho dizia era que não queria ir para a escola, não sabiam o motivo”, conta Elisângela. Para resolver a situação, as crianças fizeram uma roda de conversa com a sala toda para ouvir os dois meninos. “A turma levantou e discutiu muitas questões. Também perguntaram ao aluno que fazia o bullying o que ele acharia se isso fosse feito com ele”, diz a professora. A conversa deu tão certo, que os dois garotos fizeram as pazes e até já ficaram no mesmo grupo em trabalhos da escola! Além disso, o aluno voltou a frequentar a escola normalmente. “Observar” também foi um percurso que causou mudanças na escola. Os meninos e meninas perceberam que o recreio tinha muitas brigas, então fizeram cartazes e convidaram as outras turmas para um recreio diferente. Eles organizaram brincadeiras, trouxeram brinquedos, elásticos, cordas, livros e construíram brinquedos de materiais recicláveis. O novo recreio fez sucesso entre as crianças da escola, e agora acontece uma vez por mês! Agora a turma finalizou a etapa “Classificar”, e fez diversas classificações usando critérios subjetivos e objetivos em sala de aula. “Já que estávamos estudando a classificação das palavras, mostrei que um mesmo nome poderia ter classificações diferentes”, explicou Elisângela. A professora enviou exemplos de cartas que os alunos escreveram ao próprio corpo e de anúncios publicitários que criaram usando critérios de persuasão (veja abaixo). As crianças também deixaram recadinhos na seção “Fale, Estudante!”, aqui do site, que você pode conferir neste...
Os grandes recordistas do mundo animal
Muitos humanos fazem de tudo para bater recordes. E por mais que existam marcas impressionantes no Guinness World Records, o livro que registra os recordes mundiais, dificilmente elas são páreo para o mundo animal. Há bichos que atingem velocidades, forças e outras grandezas muito além do que a gente pode imaginar! E não são apenas os grandalhões que fazem parte dessa lista: o animal mais forte do mundo é um minúsculo ácaro! Conheça algumas espécies recordistas a seguir. O mais rápido: falcão-peregrino O guepardo pode ser o animal mais veloz em terra, chegando a 98 km/h. O agulhão pode ser o peixe mais rápido do oceano, nadando a 110 km/h. Mas eles não superam o falcão-peregrino! Quando esse pássaro encontra sua presa, ele mergulha a cerca de 320 km/h para capturá-la. Em comparação com esses três bichos, os humanos perdem feio. O recordista de velocidade é o atleta jamaicano Usain Bolt, que já correu a uma velocidade de 43,9 km/h. O mais barulhento: baleia-azul A baleia-azul é o maior bicho do mundo: mede até 30 metros de comprimento e pesa 180 toneladas. E ela também bate o recorde de animal mais barulhento: pode emitir sons de 188 decibéis, mais altos que uma turbina de avião, que chega a 140 decibéis. Os sons da baleia-azul se propagam longe pelo oceano, e já foram detectados a 800 km de distância do animal! O maior saltador: cigarrinha-da-espuma O salto desse inseto de 6 milímetros atinge a altura de 70 centímetros. Isso é 116 vezes maior que o seu tamanho! Comparado com o tamanho do ser humano, seria como a altura de um prédio de 65 andares. No momento do salto, as cigarrinhas-da-espuma liberam tanta energia para as patas traseiras, que elas funcionam como catapultas. O mais forte: Archegozetes longisetosus Crédito da foto: Scott Justis Você pode achar esquisito que uma espécie de ácaro com menos de 1 milímetro seja considerada o animal mais forte que existe. É que essa conta é feita comparando o peso do animal com o peso que ele consegue levantar. E o Archegozetes longisetosus pode carregar até 1.180 vezes o seu peso! Para você ter uma ideia, se fosse um homem de 70 quilos isso seria o equivalente a 82 toneladas, ou cerca de 20...
TFC para os pequenos da Educação Infantil
Já mencionamos aqui no site que as operações intelectuais apresentadas no material de TIM Faz Ciência podem ser praticadas por pessoas de todas as idades. Quer ver mais um exemplo? A professora Célia Aparecida Silva adaptou as atividades de “Observar” para seus alunos de 4 e 5 anos da Educação Infantil – e eles se saíram muito bem! Célia costuma fazer experimentos científicos com os pequenos da EMEIEF Monsenhor João do Rego Cavalcanti, de Santo André (SP). Por isso, quando conheceu o material didático de TIM Faz Ciência, logo imaginou que as operações intelectuais teriam tudo a ver com o trabalho que faz em sala de aula. Afinal, as crianças já usam muitas delas para fazer as experiências. A professora pegou emprestado o material com a diretora da escola e começou pelo percurso “Observar”. A primeira atividade foi a leitura de “A história de Zé, Doroteia e as Árvores”. Como os alunos ainda não sabem ler e escrever, Célia leu em voz alta e todo mundo ajudou a recontar a história. Alguns dias depois, a professora perguntou o que a turma lembrava do texto. Os pequenos falaram alguns detalhes, como a flor que caiu na cabeça de Zé e que ele só olhava para baixo. Após escutar novamente a história, a discussão ficou mais completa! “Quando perguntei por que Zé não tinha ideias, responderam que era porque ele não saía de casa e não via as coisas do mundo. E, quando saía, ficava de cabeça baixa e também não via nada”, conta a professora. As crianças aproveitaram o momento para falar até das flores que conheciam. Os Jogos 4 e 5 do Desafio Nível 1 eram parecidos com brincadeiras que os alunos já fazem, então foram tranquilos. Célia ajudou a meninada a entender a diferença entre observar e inferir no Jogo 3. Mas os Jogos 1 e 2 eram um pouco mais difíceis para as crianças. Então, a professora criou atividades mais simples com um tema que está sendo estudado em sala: animais. “Primeiro eles entenderam o processo com os jogos mais fáceis, para depois tentar fazer os do material de TIM Faz Ciência”, explica. Esses dois jogos foram feitos em pequenos grupos com o acompanhamento da professora. Como a escola não tem recreio, a turma fez a observação da brinquedoteca que tem no pátio. Eles perceberam que todas as crianças brincam, mas as brincadeiras são um pouco diferentes das que tinham imaginado nas hipóteses. As sugestões dos pequenos para melhorar os momentos na brinquedoteca foram que os alunos mais novos possam brincar de amarelinha e na piscina de bolinhas, que a cama elástica seja montada novamente, que as crianças fiquem mais quietinhas para não atrapalhar o lanche, que bonecas e carrinhos quebrados sejam consertados e que novos brinquedos sejam comprados. A criançada vai conversar com a diretora, a assistente pedagógica e o conselho mirim da escola para levar essas propostas. Além de seguir com os próximos percursos, Célia também vai pensar em uma maneira mais fácil de fazer a avaliação por rubricas, que é complicada para a idade dos alunos. Os experimentos continuaram, e a professora sugeriu alguns bem legais que usam a observação. Um deles chama “Ovo pelado”, e funciona assim: as crianças deixam um ovo de molho em um copo com vinagre branco por três dias...
Dá para recriar dinossauros em laboratório?
Os dinossauros foram extintos há cerca de 65 milhões de anos, mas encontramos seus vestígios pela Terra até hoje. Ossos, ovos, pegadas e até pedaços de pele já foram descobertos por pesquisadores, que estudam os fósseis para tentar entender como era a vida desses animais. Com tantas partes de dinossauros espalhadas pelo mundo, será que os cientistas conseguirão recriá-los algum dia? Isso foi possível pelo menos no cinema, com a série de filmes “Jurassic Park”. Na história, cientistas misturaram o DNA de dinossauros com o de outras espécies para dar vida aos gigantes. DNA é uma molécula que guarda todas as informações sobre o nosso organismo e diferencia os seres vivos. Só que aí tem o primeiro problema: mesmo se a amostra de DNA estiver congelada, ela duraria no máximo 1,5 milhão de anos. Bem longe dos 65 milhões, né? Por isso, o método usado no filme é considerado impossível, já que o código do DNA dos dinossauros estaria todo quebrado – isso se conseguissem encontrar uma amostra! Mas há outros estudos sendo feitos para tentar recriar animais pré-históricos. Os principais têm a ver com a teoria de que os dinossauros deram origem às aves. Mesmo sendo bichos tão diferentes, eles têm algumas características em comum – inclusive, os cientistas acreditam que muitas espécies de dinossauros tinham o corpo coberto por penas! A ideia de alguns pesquisadores é alterar o DNA de espécies de aves para tentar chegar o mais próximo possível do que era um dinossauro. Também há cientistas que querem trazer de volta o mamute e o tigre-dentes-de-sabre, que viveram por aqui há cerca de 10 mil anos. Nesses casos fica menos complicado de encontrar materiais com o DNA desses bichos. Mas para dar vida a eles seria preciso misturar seus DNAs com o de algum outro animal parecido – como o elefante, no caso do mamute. Aí sim a história de “Jurassic Park” estaria mais próxima da realidade. Essas pesquisas geram muitos questionamentos e discussões entre os cientistas. Poderíamos considerar esses bichos como dinossauros, mamutes e tigres-dentes-de-sabre? Afinal, são criaturas totalmente modificadas. Será que eles se adaptariam a novos ambientes na Terra? Como viveriam sem companheiros da mesma espécie? Não seria melhor cuidar dos animais que estão em risco de extinção do que trazer de volta animais pré-históricos? Já dá para perceber que esse debate vai...
O labirinto de túneis e câmaras dos formigueiros
A formiga é conhecida por ser um bicho que trabalha em equipe. Algumas coletam alimentos, outras cavam os formigueiros, tem aquelas que cuidam dos ovos… Todas têm uma função e vivem de uma maneira bem organizada. E dá para perceber isso ainda mais quando conhecemos um formigueiro por dentro. Claro que não se deve mexer neles para não correr o risco de levar umas picadas! Mas os especialistas que estudam as formigas têm um método especial para estudar onde elas vivem. O professor de Agronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP) Luiz Carlos Forti pesquisa esses insetos há cerca de 40 anos. Em seus estudos sobre as formigas-cortadeiras, que são aquelas que coletam folhas, ele preencheu alguns formigueiros com água e cimento para saber como era a estrutura deles. Essa mistura passou pelos túneis e endureceu. Depois, a equipe escavou as regiões com o maior cuidado para encontrar todos os cantos do ninho. O resultado é impressionante! Veja o tamanho de um dos formigueiros na reportagem abaixo do programa Repórter Eco, da TV Cultura. Você imaginava que animaizinhos desse tamanho poderiam construir ninhos metros abaixo do solo? Isso é possível porque são muitas formigas vivendo e trabalhando juntas na mesma colônia. Os formigueiros das saúvas podem abrigar até 7 milhões de habitantes! Mesmo os ninhos menos populosos ainda são bem lotados, como os da espécie quem-quem, que chegam a 175 mil formigas. As paredes são endurecidas com a saliva das formigas operárias. Os formigueiros podem ter muitas entradas, que levam aos túneis debaixo da terra. Eles interligam diferentes câmaras ou até podem levar a lugar nenhum, para confundir possíveis invasores. As funções de cada espaço variam entre as espécies, mas há lugares para os “soldados”, que protegem o formigueiro; onde a rainha coloca os ovos; salas que parecem berçários, onde nascem as larvas; outras para cultivar os fungos que nascem nas folhas coletadas e que servem de alimento para as formigas-cortadeiras; e câmaras específicas para depositar o que é considerado lixo. A maneira que os ninhos são construídos permite que o ar passe pelos túneis e que não entre água da chuva. Todas as tarefas da colônia, exceto a reprodução, são divididas entre as formigas operárias – que são todas fêmeas! A única função das formigas macho é acasalar com as rainhas. É mole? Conheça mais sobre a vida dentro dos formigueiros nas matérias dos sites Mundo Estranho, Galileu e Ciência Hoje das...